Unhas amarelas podem indicar glicose alta

Unhas amareladas podem indicar glicose alta em pessoas com diabetes, alerta especialista

Terra

A relação entre diabetes e saúde das unhas pode parecer fácil, mas segundo o dermatologista Dr. Felipe Ribeiro, durante entrevista ao portal Um Diabético, negligenciar essa área pode acarretar complicações sérias, especialmente para quem já lida com níveis elevados de glicose no sangue.

Dr. Felipe explica que as unhas de pessoas com diabetes tendem a ter uma coloração amarelada. Esse fenômeno ocorre devido ao acúmulo de substâncias chamadas produtos de Amadori, que são gerados quando a glicose está alta.

“Essas substâncias se depositam nas unhas, dando uma cor amarela, semelhante à que vemos em alimentos grelhados”, esclarece o especialista. Embora não seja uma condição grave, é um indicativo de que a glicose pode estar descontrolada, exigindo atenção redobrada.

Além disso, o Dr. Felipe alerta para a necessidade de uma inspeção regular das unhas. “É fundamental que as pessoas com diabetes observem suas unhas com frequência, especialmente ao remover o esmalte. Isso porque a presença de fungos, como a onicomicose, é mais comum nesse grupo”, destaca. Ele ainda salienta que a psoríase, uma inflamação sistêmica comum entre pessoas com a doenã, pode se manifestar nas unhas, deixando-as mais espessas e difíceis de cortar.

Outro ponto importante abordado pelo dermatologista é o corte das unhas. Ele recomenda que elas sejam cortadas de forma reta, para evitar que as bordas encravem na pele, o que pode provocar feridas difíceis de cicatrizar em pessoas com diabetes.

“É importante orientar a manicure ou mesmo tomar cuidado ao cortar em casa. A unha deve ser cortada reta, e evitar ao máximo retirar a cutícula”, adverte. Isso porque, ao remover a cutícula, mesmo que seja de forma cuidadosa, há o risco de pequenos cortes que podem se tornar portas de entrada para infecções bacterianas ou fúngicas.

Dr. Felipe também ressalta a importância de se evitar hábitos como morder ou cutucar as unhas. “Quando fazemos isso, criamos uma abertura para que bactérias e fungos entrem no organismo. É uma questão de treino, precisamos nos educar para evitar essas ações”, aconselha.