Consulta pública quer saber a opinião da população brasileira para oferecer dapagliflozina para diabéticos com mais de 40 anos e riscos cardiovasculares
A comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (CONITEC) recebe até o dia 26 de dezembro a opinião dos brasileiro sobre aproposta de incorporação da dapagliflozina para pacientes com diabete tipo 2 (DM2) com necessidade de segunda intensificação de tratamento e alto risco para desenvolver doença cardiovascular (DCV) ou com doença cardiovascular já existente e idade entre 40-64 anos.
A medicação já é oferecida pelo SUS para pacientes diabéticos com idades acima de 65 anos e com doença cardiovascular já existente.
A consulta pública pode ampliar o acesso a essa medicação considerada de alto custo. Além de ajudar no controle da glicemia, estudos mostram a eficácia da droga também na prevenção de doenças do coração e renal. Informações obtidas no relatório apresentado pela CONITEC indicam que o uso da dapagliflozina possui eficácia diminuindo os níveis de açúcar no sangue, da pressão arterial e do peso corporal.
Além disso, o medicamento também reduz a hospitalização por insuficiência ou parada cardíaca.
O custo médio de uma caixa com 30 comprimidos dessa medicação nas farmácias varia de
150, 00 a 210, 00 reais.
Para participar da consulta pública basta acessar o link e preencher os dados:
No Brasil, a Constituição de 1988 coloca a participação social como uma das diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS).
Mas a consulta pública como um instrumento mais próximo do que conhecemos hoje foi estruturada em 2011, com o nascimento da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde, a CONITEC.
A consulta pública é um mecanismo de participação social, de caráter consultivo, realizado com prazo definido e aberto a qualquer interessado, com o objetivo de receber contribuições sobre determinado assunto. Incentiva a participação da sociedade na tomada de decisões relativas à formulação e definição de políticas públicas.
Ao mesmo tempo que esse mecanismo permite que pacientes, cuidadores, médicos, especialistas e a população em geral sejam ouvidos, também beneficia os tomadores de decisão, justamente por poderem contar com diferentes perspectivas.
O sus tem que agilizar a entrega desse medicamento o mais rápido possível. Estamos falando em vidas.