O sonho é um dos doces mais apreciados, mas quando se trata de pessoas com diabetes, é essencial compreender os impactos desse prazer na dieta. Carol Netto, nutricionista, compartilhou informações importantes sobre como os diabéticos devem lidar com essa tentação.
Carol explica que o sonho é essencialmente um pão doce, repleto de carboidratos e calorias vazias, ou seja, pobre em nutrientes. Ele contém não apenas carboidratos, mas também uma quantidade significativa de gordura. Para quem convive com diabetes, isso representa um desafio maior na gestão da glicemia.
Para se ter uma ideia, um sonho pequeno, com cerca de 30 gramas, possui aproximadamente 17 gramas de carboidrato. Este carboidrato é principalmente simples, devido à farinha e ao recheio, que pode variar entre creme, doce de leite, ou avelã, dependendo do sabor. Já um sonho maior, com mais de 60 gramas, pode conter mais de 50 gramas de carboidrato.
Além do recheio, o açúcar de confeiteiro que normalmente decora a quitanda adiciona mais açúcar simples, impactando diretamente na glicemia. A combinação de carboidratos simples e gordura faz com que a glicemia suba rapidamente e se mantenha elevada por um período prolongado, podendo causar dificuldades no controle glicêmico por até 4 a 5 horas após o consumo.
Portanto, apesar de os diabéticos poderem consumir sonho, é importante que isso não se torne um hábito rotineiro. Carol Netto sugere que, se possível, evitem comer sonho no café da manhã devido à maior resistência insulínica nesse período.
Para aqueles que usam insulina, é importante realizar a contagem de carboidratos. Já para os que não utilizam, é necessário fazer substituições alimentares, ajustando a dieta para equilibrar a ingestão de carboidratos ao longo do dia.
A recomendação final da nutricionista é clara: o consumo de sonho deve ser esporádico e bem planejado, garantindo que a pessoa com diabetes possa desfrutar dessa delícia sem comprometer o controle da sua glicemia.
Participe da COMUNIDADE e receba as principais notícias na palma da sua mão.
