O sedentarismo é um dos principais vilões da saúde moderna e pode levar a uma série de doenças crônicas, incluindo o diabetes tipo 2. Contudo, mesmo pessoas magras, que muitas vezes não associam sua condição física a riscos de saúde, podem ser surpreendidas pelo diagnóstico de pré-diabetes. A influenciadora digital Mari Kruger é um exemplo disso: ela descobriu a condição no final de 2023, mesmo mantendo uma alimentação equilibrada, mas sem praticar exercícios físicos.
O alerta de Mari Kruger: ser magra não significa ser saudável
Em suas redes sociais, Mari Kruger compartilhou o impacto do sedentarismo em sua saúde. “O sedentarismo me trouxe uma pré-diabetes. Acho que a parte que eu mais detesto desse culto à magreza extrema que tá voltando agora é essa ideia de que toda pessoa magra é saudável”, desabafou.
A influenciadora sempre foi magra, mas ao receber o diagnóstico, percebeu que precisava agir. “Eu me alimento muito bem, como frutas e vegetais, eu não gosto de doces. O meu problema era sedentarismo. E provavelmente alguma predisposição genética”, contou. A mudança veio com a contratação de uma personal trainer, que a ajudou a introduzir os exercícios físicos na rotina.
“A notícia boa é que em poucos meses de exercício, depois que eu contratei a minha personal, os meus exames de sangue todos vieram bem e eu consegui reverter esse quadro”, comemorou.
A visão da Sociedade Brasileira de Diabetes sobre o sedentarismo
A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) reforça que o sedentarismo é uma das principais causas do descontrole da glicemia, especialmente no diabetes tipo 2, que representa de 90% a 95% dos casos da doença no Brasil. Além disso, o excesso de peso e a gordura abdominal agravam o quadro, tornando a prática de exercícios físicos essencial para o controle da condição.
De acordo com a Dra. Dhiãnah Santini, coordenadora do Departamento de Educação em Diabetes e Campanhas da SBD:
“Durante uma atividade ou exercício físico, ocorre o aumento da captação da glicose no músculo em contração, elevando o número de receptores que utilizam a glicose no sangue como fonte de energia no músculo. Isso evita o acúmulo de glicose, contribuindo para o controle da glicemia e evitando o ganho de peso”.
Que tipo de exercício fazer?
A SBD recomenda que, inicialmente, principalmente para iniciantes, comecem com atividades de baixa e média intensidade, como, por exemplo, caminhada, corrida, pedalada e natação. Além disso, a frequência ideal varia de cinco a sete vezes por semana, o que, consequentemente, garante que o corpo se mantenha ativo e a glicemia sob controle.
Exercícios anaeróbicos, como musculação e esportes de luta, também são indicados. Além de ajudarem no ganho de massa muscular, aumentam a queima de glicose e melhoram a sensibilidade à insulina. Isso é especialmente importante para prevenir o desenvolvimento do diabetes tipo 2 e até mesmo reverter quadros de pré-diabetes, como aconteceu com Mari Kruger.
“Tem que treinar. E tem que treinar força, que é uma coisa que tem ali uma resistência. Não precisa ser musculação, se você não gostar. Tem crossfit, tem calistenia. Vamos ter que estar fazendo força”, reforça a influenciadora.
Cuidados na prática de exercícios físicos
Para pessoas com diabetes, é essencial buscar orientação profissional antes de iniciar qualquer atividade física. Exercícios de alta intensidade podem elevar a glicemia devido à ação dos hormônios contrarreguladores da insulina, o que torna o acompanhamento de um profissional de saúde fundamental para garantir segurança durante o treino.
A mensagem de Mari Kruger e da SBD são claras: não importa o peso na balança, mas sim a qualidade de vida e o cuidado com a saúde. A prática de exercícios físicos ajuda no controle da glicemia, fortalece o corpo e ainda proporciona bem-estar mental.
“Depois dos 30, gente, ó, só ladeira abaixo. Não tem escapatória. Tem que treinar”, brinca a influenciadora, reforçando a importância de se manter ativo em todas as fases da vida.
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