Repórter e editor do portal Um Diabético. Escreve sobre saúde desde os tempos da faculdade de jornalismo. Para sugerir uma reportagem: redacao@umdiabetico.com.br
Médicos brasileiros viram de perto pela primeira vez a mini bomba de insulina que deve começar a ser vendida no país no fim de setembro. É a Accu-Check Solo, fabricada pela Roche. O dispositivo fica totalmente aderido a pele, como se fosse um adesivo e tem uma cânula subcutânea, por onde a insulina é aplicada de forma contínua e personalizada. “Nós participamos de um pré lançamento, mas essa mini bomba ainda não foi lançada no Brasil, então a gente não tem ela comercializada. Ela só vai ser comercializada depois do dia 24 de setembro”, conta a endocrinologista Denise Franco, que acaba de chegar do evento de pré lançamento.
O dispositivo que já é comercializado em alguns países da Europa e nos Estados Unidos recebeu autorização da Anvisa e poderá ser vendido nas farmácias brasileiras. De acordo com documentos públicos, a fabricante pediu o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ainda em janeiro de 2020. O processo foi concluído esse ano e a decisão publicada no Diário Oficial do dia 28 de abril de 2023. “Aqui no Brasil é um lançamento, porque a gente não tem uma bomba aderida, que fica inteira com um adesivo na pele. Com essa característica a gente não tem nenhuma no país comercializada”, ressalta Denise Franco.
Procurada, a Roche confirmou o lançamento do produto no Brasil, mas não especificou a data de início das vendas. “O produto está sendo apresentado para médicos e profissionais de saúde até o final de setembro e será lançado para comercialização em breve”, informou a assessoria da farmacêutica.
Mais detalhes
Segundo o site da Roche a microbomba funciona de duas forma: automaticamente, com uma calculadora do gestor de diabetes ou manualmente com o uso dos botões de aplicação rápida. As pessoas com diabetes podem colocar e tirar o aparelho sem desperdício de componente ou de insulina. A mini bomba é reutilizável durante seis meses e tem dois tamanhos de cânula disponíveis: 9 mm e 6 mm. O reservatório de insulina é transparente para visualização do nível e também para deteção de bolhas de ar. O controle remoto funciona por sinal bluetooth.
A empresa informa que a mini bomba mede 6,1 cm de comprimento por 3,8 cm de largura e 1,3 cm de espessura.
O preço ainda não foi divulgado. A endocrinologista explica que em geral esses sistemas tem alto custo, mas ressalta que em alguns países, o governo subsidia a aquisição. “Ainda é um sistema de alto custo. O que acontece em alguns países da Europa é que há um sistema que fornece os insumos. Isso graças às evidências de que a bomba de insulina é uma recomendação pra uso, por exemplo em pacientes que tem hipoglicemia sem sintomas ou que têm vários episódios de hipoglicemia ou tem um controle glicemia com muito ruim”, explica a especialista.
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