O cachorro-quente é uma paixão nacional, especialmente em cidades como São Paulo, onde a versão com purê de batata é praticamente uma instituição. Mas, para quem convive com diabetes, essa iguaria exige atenção redobrada. Segundo a nutricionista especialista em diabetes, Carol Netto, é possível sim desfrutar de um bom cachorro-quente, desde que alguns cuidados sejam observados.
Cachorro-quente e seus ingredientes
Quando pensamos no impacto glicêmico de um cachorro-quente, a primeira preocupação costuma ser o pão. De acordo com Carol, “opão pode conter cerca de 26 gramas de carboidratos, mas é importante lembrar que não há um padrão exato no Brasil, variando de acordo com a receita e a região.” Além do pão, outros ingredientes também influenciam significativamente.
Por exemplo, o famoso purê de batata, típico dos cachorros-quentes paulistanos, é composto de batata, leite e manteiga. “Isso adiciona mais carboidratos e gorduras ao lanche”, explica a nutricionista. E não podemos esquecer da salsicha, geralmente uma fonte considerável de gorduras.
Carol Netto ressalta que, além dos carboidratos, a gordura é um fator essencial a ser considerado. “A gordura presente na salsicha, na batata palha e nos molhos como maionese, mostarda e ketchup pode prolongar o impacto na glicose por várias horas após o consumo”, diz Carol. Isso significa que, mesmo horas depois de comer um cachorro-quente, os níveis de glicose podem continuar subindo.
Segundo Carol, “diabéticos podem sim comer cachorro-quente, mas é fundamental monitorar a glicose com mais frequência e estar atento aos sinais do corpo.” Ela recomenda consumir o lanche durante o dia, pois “muitos deixam para comer à noite, o que pode complicar o controle glicêmico durante o sono.”
Além disso, a nutricionista sugere uma abordagem consciente: “Se optar por comer cachorro-quente, esteja preparado para ajustar sua rotina de monitoramento e, se necessário, suas doses de insulina ou medicamentos.”
A resposta para a pergunta se pessoas com diabetes podem comer cachorro-quente é sim, mas com responsabilidade e moderação. Como enfatiza Carol Netto, “o importante é estar ciente dos impactos dos ingredientes e fazer um acompanhamento rigoroso da glicemia.” Assim, é possível desfrutar desse prazer culinário sem comprometer a saúde.
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