Um recente estudo publicado no The New England Journal of Medicine aponta que um medicamento utilizado no tratamento da diabetes, chamado lixisenatida, pode desacelerar o desenvolvimento dos sintomas da doença de Parkinson. A pesquisa foi liderada por Olivier Rascol, pesquisador do Hospital Universitário de Toulouse, na França.
Durante o período de 12 meses do estudo, os participantes que receberam o medicamento e não apresentaram piora nos sintomas de Parkinson, em comparação com aqueles que receberam placebo. Esses resultados promissores indicam um avanço no tratamento da condição, embora mais pesquisas sejam necessárias para compreender completamente os efeitos secundários da medicação e determinar a dosagem ideal para prevenir o Parkinson.
A lixisenatida pertence à mesma família de compostos usados em medicamentos para diabetes e obesidade, como o Ozempic e o Wegovy, respectivamente. Estudos anteriores já haviam sugerido que medicamentos com compostos semelhantes poderiam retardar os sintomas de Parkinson, o que pode estar relacionado ao controle dos níveis de insulina e glicose no sangue.
A pesquisa envolveu 156 pessoas com sintomas leves a moderados de Parkinson, que foram divididas em dois grupos. Metade recebeu lixisenatida, enquanto a outra metade recebeu placebo. Após um ano, os participantes que tomaram lixisenatida mantiveram seu estágio inicial da doença, enquanto os do grupo controle apresentaram piora nos sintomas.
Embora os resultados sejam promissores, os pesquisadores destacam que são necessários estudos mais longos e abrangentes para determinar os efeitos a longo prazo e a segurança da substância em pacientes com Parkinson. Além disso, a pesquisa destaca a importância de explorar novas abordagens terapêuticas para tratar e prevenir doenças neurodegenerativas como o Parkinson.
Os sintomas iniciais do mal de Parkinson incluem desequilíbrios, tremores e lentidão nos movimentos. Embora não seja fatal por si só, a doença pode resultar em complicações que afetam a qualidade de vida dos pacientes. Estima-se que mais de 4 milhões de pessoas em todo o mundo vivam com Parkinson, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Agora, os pesquisadores aguardam os resultados de estudos futuros para determinar o potencial da lixisenatida em retardar a progressão do Parkinson e oferecer esperança a milhões de pessoas afetadas pela doença em todo o mundo.
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