O cuscuz, tradicional prato da culinária brasileira, especialmente popular no Nordeste, é frequentemente consumido no café da manhã ou no jantar. Feito à base de milho, ele é versátil e pode ser servido simples ou acompanhado de ingredientes como leite de coco, carne seca, ou manteiga.
Apesar de ser um alimento nutritivo e saboroso, quem vive com diabetes precisa estar atento ao impacto desse alimento na glicemia. Conversamos com a nutricionista Carol Netto para entender como incluir esse prato na dieta sem comprometer o controle da glicose.
Entendendo o cuscuz
Primeiramente, é essencial saber que o cuscuz é um derivado do milho, ou seja, contém carboidratos. “Carboidratos se transformam em glicose no sangue, o que pode elevar os níveis de glicose”, explica Carol. O cuscuz possui um índice glicêmico moderado, indicando a velocidade com que a glicose no sangue aumenta após o consumo.
Carol destaca que o cuscuz é rico em vitaminas A e B. Uma colher de sopa contém cerca de 5 gramas de carboidratos. “É importante lembrar de contar os carboidratos ao consumir cuscuz. Para quem faz a contagem, cada colher deve ser contabilizada”, orienta.
Além da contagem de carboidratos, é essencial prestar atenção ao método de preparo. “Algumas pessoas preparam ele na manteiga, adicionando gordura ao prato. A gordura pode retardar a subida da glicose, mas após algumas horas, pode haver um aumento na glicemia”, alerta a nutricionista.
A especialista nutricional recomenda que esse alimento pode ser consumido por pessoas com diabetes, mas com moderação. “Ele pode ser comparado ao arroz, ao macarrão ou à tapioca. É saudável, mas seu consumo diário não é indicado sem o devido controle”, afirma.
Para aqueles que não fazem a contagem de carboidratos, a substituição é uma estratégia eficaz. “Se você vai comer cuscuz, evite consumir pão na mesma refeição para não exceder a quantidade de carboidratos”, aconselha Carol.