Quase um milhão de canetas de insulina são descartadas pelo Ministério da Saúde, revela TCU

Notícias Rápidas Saúde Pública

Falhas de lógicas e planejamento teriam sido os motivos do desperdício estimado em mais de 12 milhões de reais

Tom Bueno e Maurilio Goeldner, da Redação Um Diabético

O Tribunal de Contas da União (TCU) apura irregularidades no armazenamento de medicamentos, vacinas e insumos de saúde com prazo de validade vencido. 

Entre os itens 996 mil tubetes em insulinas análogas de ação rápida, com prejuízo de cerca de R$ 12,5 milhões. A quantidade corresponde a 25% do total de uma aquisição feita por meio de ata de registro de preço. 

A quantidade desperdiçada daria para oferecer 2 canetas de insulina por mês para 41.654 pessoas durante 1 ano. 

Vacinas

Em relação à perda de insumos, quase dois milhões de vacinas contra a Covid-19 doadas ao Ministério da Saúde foram descartadas, com prejuízos que chegam a quase R$ 1 milhão. As doses estavam com a data de validade próxima no momento da doação, e o valor foi gasto com transporte, desembaraço aduaneiro, armazenagem e incineração dos produtos vencidos.

Também deve ser investigada a possível perda de 1,8 milhão de testes para o Sars-Cov-2, no valor aproximado de R$ 78 milhões. O quantitativo foi adquirido via Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), que apresentou parecer técnico que alertava para a quantidade elevada e para o risco de perda.

O montante do desperdício é estimado em R$ 243 milhões. 

Diante de todas as falhas de logística e planejamento, o TCU fez uma série de recomendações ao Ministério da Saúde para correção das fragilidades e aprimoramento dos processos de trabalho. Em relação às vacinas, a pasta terá prazo de 10 dias para esclarecer sobre a condição atual de todas as vacinas de Covid-19 que estavam nos estoques em 31/5/2022. O ministério deve detalhar sobre a quantidade distribuída, a quantidade que teve validade prorrogada e a quantidade de doses que deixaram de ser utilizadas por terem o prazo vencido. 

Leia a íntegra da decisão do TCU.

Divulgação