Como o descarte inadequado das canetas de insulina ameaça o meio ambiente ?

Saúde Pública

Maurílio Goeldner

Repórter e editor do portal Um Diabético. Escreve sobre saúde desde os tempos da faculdade de jornalismo. Para sugerir uma reportagem: redacao@umdiabetico.com.br

O uso das canetas injetáveis de insulina e de outros medicamentos para tratar o diabetes e a obesidade aumentou no mundo na última década. Se por um lado, novas opções de tratamento estão surgindo para melhorar a saúde e a qualidade de vida de quem convive com essas doenças crônicas, por outro o descarte desses materiais após o uso também merece a nossa atenção.

A pernambucana Lyvia Melo, 32 anos, convive com diabetes há 22 e se tornou uma referência quando assunto é sustentabilidade e diabetes. Formada em publicidade, ela decidiu transformar o lixo dos materiais usados pala tratar a doença em artesanatos. As canetas descartáveis, por exemplo viram canetas esferográficas. Lyvia usa suas redes sociais ( @sejogana.diabetes) para conscientizar outros pacientes e chamar atenção para o tema, “Não se trata só de ser uma caneta de insulina vazia que transformei em caneta de escrever, mas é uma oportunidade de reescrever sua história com diabetes de um outra maneira”, compartilhou ela no Instagram.

Lyvia Melo(32) e suas “insulinetas” – reprodução Instagram

Essas canetas possuem em sua composição cerca de 80% de plástico e por questão de saúde não podem ser dispensada na lixeira comum, “Muitos produtos e medicamentos podem conter substâncias químicas,

A gerente de sustentabilidade da Novo Nordisk, Patricia Byington

que podem contaminar o meio ambiente e prejudicar a saúde de pessoas, de animais, da água e do solo”, lembra Patricia Byington, gerente de sustentabilidade da Novo Nordisk, fabricante das canetas injetáveis de insulina e de outros medicamentos comercialmente conhecidos como Ozempic para tratar o diabetes e Saxenda para tratar a obesidade.