Disciplina, coragem e determinação sempre fizeram parte da vida de Matheus Wagner, 32 anos, casado e morador de Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha. Desde 2018, ele veste a farda da Brigada Militar do Rio Grande do Sul e atua na linha de frente da segurança pública. Mas além dos desafios naturais da profissão, Matheus enfrenta uma condição de saúde que exige atenção constante: o diabetes tipo 1.
Diagnosticado em 2017, enquanto ainda servia no Exército, ele precisou se adaptar rapidamente ao novo estilo de vida. “Minha glicose estava muito alta, acima de 300. No dia seguinte, já fui ao endocrinologista e comecei o tratamento com insulina”, relembra. Sem tempo para lamentações, encarou a condição de forma prática: “Sempre vi o diabetes como uma condição, não como uma doença. Não nos restringe a nada, desde que saibamos nos cuidar.”
Superação no concurso público e a vida na Brigada Militar
O sonho de se tornar policial exigiu esforço extra. O edital do concurso da Brigada Militar listava o diabetes tipo 1 como uma condição eliminatória. Ainda assim, Matheus decidiu arriscar. Passou por todas as etapas — exame médico, teste físico e inclusão — com excelência. No momento da avaliação final, informou sua condição ao médico responsável, que, diante de sua saúde impecável, permitiu sua entrada na corporação.