A discussão sobre o PL 2687/2022, que classifica o diabetes tipo 1 como deficiência para efeitos legais, será retomada no Congresso Nacional após o recesso parlamentar, em fevereiro. Deputados e senadores terão 30 dias para decidir se mantém ou derrubam o veto do presidente Luis Inácio Lula da Silva, que impediu o avanço da proposta. Essa decisão carrega implicações profundas para a comunidade de pessoas com diabetes tipo 1, especialmente nos contextos escolar, financeiro e de acesso a benefícios e tecnologias de saúde.
Pontos de discussão: o que está em jogo?
1. Ambiente escolar
O reconhecimento do diabetes tipo 1 como deficiência poderia assegurar maior proteção e adaptações no ambiente educacional. Isso inclui medidas como:
• Garantia de tempo adicional em provas e avaliações para estudantes que precisam monitorar glicose ou administrar insulina.
• Treinamento de professores e funcionários escolares para lidar com emergências relacionadas à condição.
• Redução de preconceitos e maior conscientização sobre o impacto do diabetes na vida acadêmica.
2. Impacto financeiro e benefícios sociais
Essa classificação abriria possibilidades de acesso a políticas públicas voltadas para pessoas com deficiência, como:
• Benefícios assistenciais (BPC) para famílias em situação de vulnerabilidade.
• Isenções fiscais na compra de medicamentos e tecnologias essenciais para o manejo do diabetes.
• Incentivos trabalhistas, como maior flexibilidade no horário de trabalho e garantias de proteção no mercado.
3. Acesso a tecnologias e medicamentos