Um estudo recente publicado na revista NPJ Digital Medicine revelou que a variação nos níveis de glicose pode afetar a função cognitiva de pessoas diagnosticadas com diabetes tipo 1. A pesquisa foi realizada por pesquisadores do Hospital McLean e da Universidade Estadual de Washington, nos Estados Unidos e destacou que as variações da glicose podem impactar a velocidade de processamento mental, especialmente em adultos mais velhos e aqueles com outras condições médicas.
Segundo Zoë Hawks, principal autora do artigo, “Ao tentar entender como a diabetes afeta o cérebro, nossa pesquisa mostra que é importante considerar não apenas como as pessoas são semelhantes, mas também como elas diferem.”
O estudo utilizou sensores digitais de glicose e testes de cognição em smartphones para coletar dados de 200 voluntários com diabetes tipo 1. Os resultados revelaram que a função cognitiva foi prejudicada quando os níveis de glicose estavam significativamente mais altos ou mais baixos do que o normal.
“A velocidade de processamento, que é o tempo que uma pessoa leva para realizar uma tarefa mental, foi particularmente afetada pelas variações de curto prazo da glicose”, explicou Laura Germine, diretora do Laboratório de Tecnologia de Saúde Cerebral e Cognitiva da McLean.
Outra descoberta do estudo foi que o desempenho cognitivo máximo dos participantes ocorreu com níveis ligeiramente acima da faixa normal de glicose, mas diminuiu à medida que os níveis de glicose aumentavam ainda mais. “Isso sugere que o cérebro pode se habituar a certos níveis de glicose, mesmo que estejam acima do considerado saudável”, ressaltou Naomi Chaytor, coautora do estudo e chefe do departamento da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Washington.
Essas descobertas destacam a importância de minimizar as variações de glicose no dia a dia para otimizar a função cognitiva, especialmente em pessoas mais velhas ou com outras condições de saúde relacionadas ao diabetes.
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