Maurílio Goeldner, da Redação Um Diabético
O nome do projeto é sugestivo: Doce Paciente. Foi com ele que os profissionais de saúde de Santa Rosa de Lima, em Sergipe, descobriram que poderiam melhorar o tratamento das pessoas com diabetes da cidade. A cidade, localizada a 49 quilômetros da capital Aracaju, tem cerca de 4 mil habitantes. Como acontece em muitos municípios mais afastados dos grandes centros não há endocrinologista para atender no serviço público. O problema foi mostrado em outras reportagens do portal Um Diabético e é tema de um documentário.
Em Santa Rosa a alternativa dos gestores foi desenvolver um trabalho multidisciplinar. “Aqui potencializamos a educação em diabetes com os pacientes”, conta a secretária municipal de saúde, Luana Menezes, que é enfermeira educadora em diabetes e também atende os pacientes: “Eu faço a consulta de enfermagem e realizo o exame do pé diabético com ITB”. O índice tornozelo-braquial (ITB) é o primeiro, o mais simples e o mais importante teste para detectar como está a circulação do sangue nos membros inferiores. O pé diabético está entre as complicações mais graves do diabetes e acomete cerca de 10 a 25% das pessoas com a doença.
O programa atende atualmente 271 pessoas na cidade e ainda inclui as equipes de saúde da família e outros profissionais, como nutricionistas e fisioterapeutas. “Quando trazemos o paciente para ser o protagonista do tratamento os resultados são positivos. Ele tem com o enfermeiro a orientação, educação e treinamento para reconhecer os sintomas referente ao diabetes. Assim somos todos responsáveis por esse tratamento. Eu (profissional) e ele (o paciente)”, explica a secretária.
Falta de especialistas
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