Em outras matérias aqui no portal Um Diabético, já abordamos os sintomas de diabetes em pets e discutimos como o tipo da doença, seja em cães ou gatos, influencia diretamente no tratamento.
Agora, é importante entender as diferenças entre os tipos de diabetes que podem afetar os animais e como isso impacta a saúde deles.
O diabetes em pets, assim como nos humanos, é uma doença crônica que requer cuidados constantes para garantir a qualidade de vida dos nossos companheiros de quatro patas.
Conhecer as causas e os tipos de diabetes é fundamental para que tutores possam cuidar melhor de seus animais.
Os três tipos de diabetes em pets
Existem três tipos principais de diabetes que podem afetar cães e gatos: diabetes tipo 1, tipo 2 e o tipo 3. Cada um deles possui características e causas distintas, exigindo abordagens específicas para o diagnóstico e tratamento.
Diabetes tipo 1 • Insulinodependente
Esse é mais comum em cães e ocorre quando o sistema imunológico do animal ataca as células do pâncreas responsáveis pela produção de insulina. Sem insulina suficiente, o corpo não consegue regular os níveis de glicose no sangue, resultando em hiperglicemia. Infelizmente, o diabetes tipo 1 não pode ser prevenido, pois suas causas estão ligadas a fatores imunológicos, mas o diagnóstico precoce é essencial para um bom controle da doença.
Diabetes tipo 2 • Insulinorresistente
Mais comum em gatos, o diabetes tipo 2 ocorre quando há um ‘defeito’ na produção de insulina, que se agrava com fatores como obesidade, sedentarismo e idade avançada. Diferente do tipo 1, o diabetes tipo 2 pode, em muitos casos, ser prevenido. Manter o peso ideal do seu gato, incentivar atividades físicas e monitorar a saúde regularmente são estratégias que podem reduzir o risco de desenvolvimento dessa forma de diabetes.
Diabetes tipo 3 • secundário a outras doenças
O diabetes tipo 3 é menos comum, mas pode ocorrer tanto em cães quanto em gatos. Ele é secundário a outras condições médicas, geralmente doenças endócrinas, como a Síndrome de Cushing (excesso de produção de cortisol) em cães e a acromegalia em gatos.
Essas condições causam uma resistência à insulina, dificultando o controle da glicemia. A prevenção desse tipo de diabetes envolve o diagnóstico e o tratamento adequados das doenças primárias que podem levar ao desenvolvimento da resistência insulínica.
Prevenção e cuidados com os pets e o diabetes
Segundo a Dra. Sofia Borin-Crivellenti, médica veterinária e membro da Diretoria da Associação Brasileira de Endocrinologia Veterinária (ABEV), enquanto o diabetes t ipo 1 em cães não pode ser prevenido, medidas preventivas para os tipos 2 e 3 são possíveis.
“Evitar a obesidade e o sedentarismo nos gatos, bem como diagnosticar e tratar adequadamente possíveis doenças endócrinas em cães e gatos, são estratégias fundamentais para prevenir o diabetes”, explica.
Os tutores desempenham um papel vital na prevenção do diabetes em seus pets. Oferecer uma dieta equilibrada, garantir que o animal se mantenha ativo e estar atento a mudanças no comportamento e na saúde do pet são atitudes que fazem a diferença. Se você notar sinais como aumento da sede, urina excessiva, perda de peso ou letargia, é importante buscar orientação veterinária rapidamente.
O diabetes pode ser uma condição desafiadora, mas com o cuidado adequado, os pets podem viver felizes e saudáveis. Esteja atento aos sinais e, principalmente, mantenha um diálogo aberto com o veterinário para garantir o melhor cuidado para seu amigo de quatro patas.
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