O que é cetoacidose diabética? Entenda por que isso é perigoso

Tratamento

A cetoacidose diabética é uma das complicações mais graves associadas ao diabetes e pode levar a consequências fatais se não for tratada de maneira adequada e rápida. Essa emergência médica pode exigir internação em unidades de terapia intensiva (UTI) e, em casos extremos, resultar em coma ou até na morte. Compreender essa condição, reconhecer seus sinais precoces e saber como preveni-la são passos essenciais para pessoas que convivem com diabetes.

O que é cetoacidose diabética?

A cetoacidose diabética ocorre quando o corpo não tem insulina suficiente para utilizar a glicose do sangue como fonte de energia. De acordo com o endocrinologista e educador em diabetes, Dr. Octávio Santos, “em situações de falta de insulina, o corpo começa a decompor gorduras para gerar energia, produzindo cetonas, que são substâncias ácidas. O acúmulo dessas cetonas no sangue leva a uma acidez perigosa, conhecida como cetoacidose.”

Essa condição é mais observada em pessoas com diabetes tipo 1, em que a produção de insulina é insuficiente ou inexistente. No entanto, pacientes com diabetes tipo 2 também estão em risco, especialmente durante episódios de infecção ou quando não aplicam as doses de insulina corretamente.

Quais são os sintomas cetoacidose diabética

Os sintomas da cetoacidose diabética podem se manifestar de forma mais sutil, mas rapidamente se tornam graves. Entre os sinais de alerta estão sede intensa, micção frequente, dor abdominal, náuseas e vômitos.

Um sintoma característico é o hálito com cheiro de acetona, causado pelo acúmulo de cetonas no sangue. “Palpitações cardíacas, respiração acelerada e confusão mental também são sinais que indicam a necessidade de buscar atendimento médico imediatamente”, alerta Dr. Santos.

Fatores de risco e causas

Diversos fatores podem desencadear a cetoacidose diabética. Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o uso inadequado de insulina é um dos principais fatores de risco, assim como infecções graves, como pneumonia e infecções do trato urinário.

“Outros fatores incluem desidratação, jejum prolongado, abuso de álcool e o uso de determinadas medicações, como corticoides e alguns diuréticos”, acrescenta Dr. Octávio.