O FIM DA CONTAGEM DE CARBOIDRATOS ESTÁ PRÓXIMO?

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Feira mundial traz novidades para aumentar a qualidade de vida das pessoas com diabetes. Canal Um Diabético recebe duas médicas que participaram do evento em Berlim. Confira o que vem por aí

Maurílio Goeldner, da Redação Um Diabético

O ano é 2023 e o mundo olha para o futuro do tratamento do diabetes. Depois da 16ª Conferência Internacional sobre Tecnologias Avançadas e Tratamentos para Diabetes (ATTD) o canal Um Diabético no YouTube recebeu as médicas Denise Franco e Mônica Gabbay. Elas participaram do encontro realizado em Berlim e conversaram ao vivo com o apresentador Tom Bueno e o endocrinologista Rodrigo Siqueira.

As endocrinologistas Denise Franco e Mônica Gabbay acabaram de chegar da Alemanha com as inovações do setor

O que chamou atenção de Mônica Gabbay, endocrinologista pediátrica, foi o esforço da indústria para que as pessoas com diabetes não precisem mais contar carboidratos. “Toda sala que você entrava, falando de caneta, falando de bomba de insulina, caía nessa discussão de como minimizar a ‘trabalheira’ que uma pessoa com diabetes tem na hora de aplicar insulina e como evitar os erros daquelas ‘continhas'”, contou ela.

A endocrinologista Denise Franco percebeu nessas inovações uma mudança de postura da indústria. “As novidades surgem no sentido de tirar o peso do controle do carboidrato das costas de quem tem diabetes. Por que, antes disso, o que tínhamos eram instrumentos que aumentaram a responsabilidade da pessoa com diabetes. Agora, me parece que querem diminuir os alertas, diminuir o stress e deixar a vida de quem tem diabetes mais parecida com a vida de quem não tem”, avaliou.

Contagem de carboidratos

Mônica Gabbay mencionou três novos estudos com tecnologias que visam acabar com a contagem de carboidratos. O primeiro seria através de um APS, que não tem necessidade de anunciar nada de carboidrato, o segunda apenas estima a quantidade e o terceiro, conta com o auxílio de um relógio inteligente – através dos gestos, o aparelho consegue identificar se a pessoa está ingerindo algo mastigável ou líquido e faz a estimativa do time reading com uma precisão de 80%.