Novo software gratuito ajuda a prevenir amputações em pessoas com diabetes

Tecnologia

O pé diabético é uma das complicações mais graves que pode acometer pessoas com diabetes, e só no estado de São Paulo, em 2022, cerca de 59 mil pacientes sofreram com esse problema.

Entre as complicações mais graves está a amputação, consequência direta de infecções e úlceras nos pés. Para enfrentar esse desafio, o Laboratório de Biomecânica do Movimento e Postura Humana da USP desenvolveu um novo sistema de atendimento e tratamento: o Sistema de Orientação ao Pé Diabético (SoPeD).

Liderado pela professora Isabel Sacco, o SoPeD se destaca como uma ferramenta inovadora e acessível, focada em melhorar a vida de pessoas com diabetes, especialmente aquelas que convivem com a doença há mais de 10 anos.

Isabel Sacco explica que, com o tempo, a diabetes pode causar uma série de alterações nos pés que afetam profundamente o dia a dia do paciente.

“Após cerca de 10 a 15 anos de convívio com a diabetes, as pessoas tendem a desenvolver uma perda de sensibilidade nos pés. Elas deixam de perceber a pressão, o toque e até mudanças de temperatura, o que pode levar a sintomas como formigamento, queimação e dormência”, comenta a professora.

Esse quadro, além de incômodo, traz sérios riscos à saúde. A perda de força e alterações motoras podem fazer com que o paciente desenvolva uma forma inadequada de caminhar, aumentando a pressão em determinadas regiões dos pés, favorecendo o surgimento de infecções e, em casos extremos, a amputação.

A importância de exercícios específicos

Uma solução para evitar a progressão dessas complicações está na prática de exercícios direcionados para os pés, e é aqui que esse novo aplicativo desempenha um papel importante.