Uma equipe de pesquisadores, liderada por Daniele Vinciguerra, apresentou em 2024, nos Estados Unidos, uma nova tecnologia para prevenir hipoglicemia em pacientes com diabetes. O estudo, realizado pela Universidade da Califórnia, propõe um sistema inovador de liberação de glucagon, que utiliza partículas sensíveis à glicose para evitar quedas perigosas nos níveis de açúcar no sangue. A solução foi desenvolvida especialmente para pessoas que enfrentam episódios frequentes de hipoglicemia induzida pela insulina, uma complicação comum em pessoas com diabetes tipo 1 e tipo 2.
A hipoglicemia ocorre quando o nível de glicose no sangue cai para menos de 70 mg/dL, o que pode causar tontura, confusão mental e, em casos graves, convulsões ou coma. Em pessoas com diabetes que usam insulina, o risco de hipoglicemia é elevado, especialmente em atividades diárias, como exercícios ou refeições atrasadas. Tradicionalmente, a hipoglicemia severa é tratada com injeções de glucagon, um hormônio que aumenta rapidamente os níveis de açúcar no sangue. No entanto, esses tratamentos não são práticos para uso imediato e requerem preparação, o que pode dificultar a resposta em situações de emergência.
Como funciona esse novo sistema anti-hipoglicemia
O novo sistema de Vinciguerra introduz uma abordagem inovadora: o uso de micelas, pequenas partículas que carregam glucagon e liberam a substância apenas quando os níveis de glicose no sangue caem a níveis críticos. As micelas são formadas por polímeros que reagem de forma sensível ao açúcar no sangue. Em condições normais, o glucagon permanece “escondido” dentro dessas partículas. Mas, quando a glicose atinge um nível perigoso de hipoglicemia (abaixo de 60 mg/dL), as micelas se desintegram, liberando o glucagon e restaurando os níveis de açúcar de forma automática e controlada.
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