Novidade: Anvisa aprova remédio de diabetes para tratar doença dos rins

Outras Doenças Saúde Pública


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso da empagliflozina, medicamento indicado para o tratamento da diabetes do tipo 2, para uma outra finalidade: o tratamento de doença renal crônica (DRC).

A aprovação foi baseada no estudo EMPA-KIDNEY, conduzido pela Unidade de Pesquisa
em Saúde Populacional da Universidade de Oxford em parceria com as farmacêuticas Boehringer Ingelheim e Eli Lilly.

O trabalho apontou que a molécula reduziu em 28% o risco de progressão da doença
renal ou morte por problema cardiovascular em pacientes com doença renal
crônica em comparação a indivíduos que não receberam o medicamento.

A Dra. Thais Melo, diretora médica da Boehringer Ingelheim no Brasil, comentou
sobre a decisão da Anvisa, “Celebramos este marco significativo no campo da
doença renal crônica. A prevenção e a detecção precoce da enfermidade são
cruciais. Esta nova opção de tratamento tem o potencial de melhorar o manejo da
condição cardiorrenal metabólica e da doença renal crônica.”

É importante pontuar que o medicamento também é utilizado em casos de
insuficiência cardíaca e, agora, com a aprovação para doença renal crônica  (DRC), aplica sua abordagem para tratar as condições cardiorrenais metabólicas.

Relação de doença renal crônica e diabetes:

O diabetes é uma das principais causas de doença renal crônica no mundo. Isso acontece porque o alto nível de açúcar pode danificar os rins ao longo do tempo, interferindo em sua capacidade de filtrar o sangue corretamente. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Diabetes, o diabetes é a principal causa de dialíse em pessoas com doença renal crônica. Cerca de 25% das pessoas com diabetes tipo 1 e entre 5% e 10% das pessoas com diabetes tipo 2 desenvolvem insuficiência renal. Essa condição, conhecida como doença renal crônica, pode levar à necessidade de diálise ou transplante renal.

A diálise é um procedimento artificial em que os resíduos e a água em excesso no sangue removidos. Existem duas formas de fazer isso, a hemodiálise acontece fora do organismo, enquanto a diálise peritoneal (cavidade abdominal) ocorre no interior.