Natal x diabetes: o que você precisa saber?

Tratamento

A ceia de Natal é um sonho gastronômico, e, pelo mesmo motivo, para mim – um diabético – é também um pesadelo! Muita comida, muita variedade, de doce, de sal. Bebida alcoólica,
refrigerantes. Em ritmo de festa, é difícil controlar a quantidade e, ainda mais, negar as delícias
natalinas. Então, o que um diabético precisa saber para passar por esse momento sem
prejudicar a saúde?

Tem que usar a consciência para não “chutar o balde” na ceia de Natal.

ISSO É HORA?

O Natal, por si só, é uma data muito tradicional. Ainda que cada família tenha seus costumes e
formas de comemorar, algumas tradições se mantém fortes até hoje. O horário da ceia, por exemplo, é uma delas. O jantar principal costuma ser servido apenas meia noite, uma hora que
não favorece quem tem diabetes. Ao esperar demais para comer, o diabético pode sofrer uma hipoglicemia, quando a glicose cai demais. E existe o risco de “chutar o balde”, de beliscar aperitivos e depois, com muita fome, se jogar sem moderação na ceia de Natal. E nós sabemos os riscos dos exageros, não é?

A variedade de comidas e bebidas que deixa o diabético com um enorme desafio no Natal!

É PAVÊ OU PACOMÉ?

Piada de tio à parte, aqui a pergunta é séria: você come ou só fica olhando os doces na ceia natalina? É um desafio, principalmente para quem não resiste uma boa receita doce. Eu conversei com a Carol Neto, nutricionista, que deu algumas dicas para o diabético que se depara com aquela mesa farta de guloseimas. Se você depende de insulina, não deixe de aplica-la nos horários certos. Quem faz a contagem de carboidratos, não pare por causa do feriado, esse monitoramento é importante. E, além disso, espere o tempo necessário após a aplicação da
insulina para poder se alimentar.

ATENÇÃO ÀS BEBIDAS

Embalando as deliciosas receitas, existe uma variedade de bebidas, sejam elas alcoólicas ou não. A maioria delas tem açúcar e isso tem que ser colocado na balança na hora das contas. Para quem tem diabetes tipo 2, que não faz a contagem de carboidratos, é preciso fazer a substituição. Se optar por tomar refrigerante que tem açúcar, coma menos arroz ou maionese,
por exemplo. Para quem tem diabetes tipo 1, tente fazer a aplicação de insulina da forma mais precisa possível, porque eu sei que muitos vão pelo “chutometro” e, uma hora, isso pode dar
muito errado!


Quanto a bebida alcoólica, além da regra principal de consumir com moderação, o diabético deve sempre lembrar de comer enquanto bebe. Não precisa ser muito, mas o alimento evita a hipoglicemia, porque o álcool, primeiramente, aumenta a glicose para, mais tarde, causar uma queda brusca nesse nível.

O NATAL QUE O DIABETES CHEGOU

Era uma comemoração entre amigos, além de comer bastante, eu estava bebendo muita água.
Entre os convidados, estava um médico que, percebendo a minha sede constante, chegou a
cogitar que eu poderia ter diabetes. Na hora, eu ignorei, afinal, nem passava pela minha cabeca
que eu poderia ser um diabético. A suspeita do médico se tornou um diagnóstico quatro dias
depois desse Natal, praticamente na virada de ano.

Eu gosto de contar essa história para mostrar a necessidade de ficar sempre de olhos nos sinais.
Alguns são mais intensos, outros bem sutis. Mas eles sempre se mostram de alguma forma. E o
quão antes você saber que tem diabetes, mais rápido e eficaz vai ser o tratamento da doença.

HOHOHO!