Nanica, Ouro e da Terra: a influência dos diferentes tipos de banana na glicemia

Alimentação

Isabella Pedreira

Repórter do portal e responsável pela presença digital do Um Diabético nas redes sociais. Acredita no poder da informação na vida das pessoas. redacao@umdiabetico.com.br

A relação entre alimentação e saúde é uma constante preocupação, especialmente para pessoas que convivem com diabetes. Entre as muitas dúvidas que surgem nesse contexto, uma das mais recorrentes é: “Posso comer banana?” Para esclarecer esse questionamento, conversamos com a nutricionista Carol Netto, que compartilhou dicas sobre os diferentes tipos de bananas e o impacto na glicemia. E qual seria a “melhor banana” para indivíduos com diabetes? “É importante ressaltar que a melhor banana seria aquela banhada a ouro, considerando que não é o caso, não podemos afirmar que existe uma banana superior”, destacou com uma pitada de humor.

A nutricionista salientou ainda a importância de compreender individualmente como cada variedade de banana influencia nos níveis glicêmicos. O dilema está nos carboidratos presentes nas bananas, um macronutriente que afeta diretamente os níveis de glicose no sangue. “A banana tem muitos carboidratos e a quantidade é razoavelmente alta”, explicou Carol que ainda destacou que tanto a quantidade como o tamanho da banana são fatores cruciais a considerar: “O importante é o tamanho da banana. Se for uma banana nanica muito grande, come metade que vai ser equivalente a uma fruta inteira”.

A sensibilidade individual também desempenha um papel crucial. Portanto, conhecer o próprio corpo e a reação a diferentes tipos de bananas é fundamental para um manejo eficaz da dieta.
Carol Netto desmistificou que a banana da terra possui menos carboidratos. Embora ela contenha quantidades ligeiramente menores, sua utilização culinária a torna menos viável como uma sobremesa ou lanche. Além disso, ela ressaltou que bananas mais maduras tendem a ter um teor de frutose mais evidente, o que pode afetar a resposta glicêmica.
Uma recomendação prática compartilhada por Carol é que, se a banana tende a elevar os níveis de glicose, é melhor consumi-la como parte do pré-treino, combinando-a com uma proteína que ajude a equilibrar a liberação de açúcar no sangue. Essa combinação pode proporcionar uma fonte de energia sustentada durante o exercício.
A nutricionista reforça que não existe uma proibição absoluta para pessoas que convivem com o diabetes consumirem bananas. O segredo está no autoconhecimento e no entendimento de como diferentes bananas afetam o corpo de cada indivíduo. “Diabético pode comer o que quiser, só como operação assim, o que a gente tava falando, informação importante e o autoconhecimento”, concluiu Carol Netto.
No fim, fica evidente que a resposta não está em crucificar a fruta, mas sim em compreender como incorporá-la de forma consciente e benéfica à dieta diabética. A busca pelo equilíbrio entre os diferentes tipos de banana e o nível de glicemia é uma jornada pessoal, guiada pelo autoconhecimento e pela orientação de profissionais de saúde.

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