SUS começa a distribuir insulina adquirida emergencialmente

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Maurílio Goeldner, da Redação Um Diabético

As secretarias estaduais de saúde começaram a receber no fim de junho, a reposição de estoque de canetas de insulina análoga de ação rápida asparte. A distribuição é feita pelo Ministério da Saúde depois de duas compras emergenciais realizadas no primeiro semestre de 2023. A medida ajuda a evitar um apagão do medicamento distribuído gratuitamente para quem tem diabetes tipo 1 e tipo 2, preferencialmente para crianças e adolescentes de até 19 anos e para adultos com mais de 45 anos.

A insulina distribuída agora é produzida no Brasil pela empresa global de saúde Novo Nordisk e foi comprada no segundo pregão, realizado em junho. Pelas regras dessa modalidade de compra, a vencedora da concorrência, poderia fazer a entrega do produto em até 60 dias após a assinatura do contrato. No entanto, diante da dificuldade de aquisição do medicamento e risco de desabastecimento, a empresa antecipou a entrega de 278 mil unidades. O lote completo tem mais de 400 mil unidades.

A caneta da Novo Nordisk adquirida no último pregão de emergência
Levimar Araújo, presidente da SBD destacou o esforço para evitar um apagão de insulina no SUS

O presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes destacou o esforço dos profissionais da saúde, das associações representativas de pessoas com diabetes e do Ministério da Saúde para evitar um apagão do medicamento “Foi adquirido novo lote e assim esperamos que não tenha falta de insulina”, comemorou Levimar Araújo.

A ministra da Saúde Nísia Trindade também falou sobre o tema: “Essa compra nos permite ter mais de 400 mil unidades de insulina análoga de ação rápida. E em julho nós teremos o resultado da compra internacional garantindo assim, que não haja, de maneira efetiva o desabastecimento do medicamento. O problema ocorreu em decorrência do desabastecimento internacional, que é uma pauta central do Ministério, que é a nossa autossuficiência desses produtos tão importantes. É uma preocupação do Governo Federal e das pessoas que usam o medicamento. Nós não vamos deixar ter desabastecimento”, destacou a ministra.

Insulina da China

O primeiro pregão de emergência realizado no fim de abril foi internacional. O Ministério da Saúde acertou a compra de mais de 1 milhão e trezentas mil canetas do medicamento da empresa Gan & Lee Pharmaceuticals, com sede Pequim, na China. A negociação foi concluída no dia 9 de maio de 2023. Essa compra foi autorizada pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) no dia 05 de junho, por unanimidade, e seguiu normativa prevista na Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n° 203/2017 da Anvisa, que dispõe sobre os critérios e procedimentos para importação, em caráter de excepcionalidade, de produtos com registro em renomadas agências internacionais vigilância sanitária.

Segundo o Ministério da Saúde, a primeira remessa do medicamento deve começar a ser entregue até o próximo domingo, dia 9 de julho.

A pasta também garante que com essas duas aquisições o abastecimento de insulina no SUS estaria garantido a todos os pacientes.

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