Mergulho e Judô: saiba como atleta com diabetes tipo 1 mantém a performance e o controle da glicose

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Lidar com o diabetes tipo 1 exige disciplina e planejamento, especialmente para aqueles que levam uma vida ativa e praticam esportes de alta intensidade.

Jardel Andrade dos Santos, contador de 31 anos, residente no bairro da Saúde, em São Paulo, vive essa realidade desde agosto de 2022, quando foi diagnosticado com a doença.

No entanto, em vez de permitir que o diabetes ditasse as regras de sua rotina, ele encontrou maneiras de encaixá-lo no seu dia a dia, sem abrir mão do judô e do mergulho, esportes que sempre fizeram parte de sua vida.

Atleta com diabetes tipo 1 mostra como cuida da glicose em momentos de competição, mergulhos e no dia dia
Superando o impacto do diabetes, Jardel compartilha dicas para diabéticos que praticam esportes intenso – Crédito: Arquivo Pessoal/Reprodução

“Meu caso é um daqueles considerados ‘pós-Covid‘, algo que ainda não tem muitas comprovações científicas, mas conheço outras pessoas que também foram diagnosticadas com diabetes após contrair o vírus”, conta Jardel. Apesar do impacto inicial, ele rapidamente se adaptou à nova realidade e aprendeu a manter o controle da glicemia mesmo em condições extremas.

O desafio de equilibrar glicose e esportes de alto desempenho

Com uma rotina esportiva intensa, Jardel precisa monitorar constantemente seus níveis de glicose para evitar complicações. No judô, esporte que pratica desde os sete anos de idade, a principal preocupação é o impacto do estresse físico sobre a glicemia.

“Durante o treino não há grandes oscilações, mas após a atividade, a queda de glicose é muito rápida, então o monitoramento é essencial”, explica. Ele lembra de um episódio desafiador: “Em uma competição, minha glicose chegou a 400 devido ao estresse físico. Fiquei um pouco tonto, mas logo apliquei insulina e consegui continuar lutando.”

Monitoramento constante e alimentação adequada são chave para o sucesso na rotina intensa de esportes – Crédito: Arquivo Pessoal/Reprodução

No mergulho, os cuidados são ainda mais rigorosos, já que uma hipoglicemia embaixo d’água pode ser extremamente perigosa. “Não podemos subir muito rápido para a superfície, então a prevenção é fundamental. Uso palatinose para garantir que minha glicose se mantenha estável durante os cerca de 50 minutos de mergulho”, explica Jardel.

Alimentação e suplementação ajustadas para cada atividade