Medicamento que retarda o diabetes autoimune é adquirido pela Sanofi

Tratamento

Descubra como essa aquisição pode trazer esperança para frear a evolução do diabetes tipo 1.

Isabella Pedreira da Redação Um Diabético

A Sanofi (NASDAQ: SNY) comprou a Provention Bio (NASDAQ: PRVB) por cerca de US$ 2,9 bilhões. Isso ajudará a Sanofi a crescer na área de doenças imunomediadas e terapias modificadoras, incluindo diabetes tipo 1. A Provention Bio é uma empresa biofarmacêutica que se concentra em interceptar e prevenir doenças imunomediadas.

Como isso impacta o mercado de medicamentos e os estudos referentes ao tratamento do diabetes?

A nova terapia, comprada pela Sanofi,  chama TIZIELD,  é importante para frear  a evolução do tratamento do diabetes tipo 1. Ela foi aprovada nos EUA como a primeira terapia para retardar o início do estágio 3 do diabetes tipo 1 em pacientes adultos e pediátricos com 8 anos ou mais que estão no estágio 2 da doença. A aquisição faz parte da estratégia da Sanofi de investir em produtos com perfis diferentes. A empresa quer usar seus conhecimentos em diabetes para ajudar mais pessoas a ter acesso à terapia e retardar o início do estágio 3 da doença. A meta é ajudar cerca de 65.000 pessoas diagnosticadas a cada ano.

Além disso, O TZIELD também está sendo estudado como tratamento para pacientes jovens com diabetes tipo 1 que já estão no estágio avançado da doença, ou seja, estágio 3. Um estudo importante está em andamento e espera-se que os resultados sejam divulgados no segundo semestre de 2023. Também existem oportunidades para ajustar a dosagem e criar novas formas de administração do TZIELD, além de explorar outras possíveis indicações terapêuticas.

Em novembro de 2021 foi aprovado pelo FDA dos Estados Unidos o primeiro medicamento capaz de retardar a progressão da diabetes tipo 1 em pessoas com alto risco de desenvolver a doença. O medicamento é chamado de “Teplizumabe” e age diminuindo a destruição das células produtoras de insulina pelo sistema imunológico. A aprovação foi concedida após estudos clínicos mostrarem que o medicamento pode atrasar o diagnóstico da doença em cerca de dois anos. A expectativa é que a aprovação do Teplizumabe abra caminho para o desenvolvimento de novas terapias capazes de prevenir ou retardar a progressão da diabetes tipo 1.