Manual de contagem de carboidratos da SBD recebe atualização

Alimentação

Maurílio Goeldner

Repórter e editor do portal Um Diabético. Escreve sobre saúde desde os tempos da faculdade de jornalismo. Para sugerir uma reportagem: redacao@umdiabetico.com.br

A Sociedade Brasileira de Diabetes atualizou o manual de contagem de carboidratos. Pelo menos onze profissionais ligados à nutrição ajudaram a elaborar a nova diretriz. “É mais uma fonte de informações segura. A última versão desse manual era de 2016”, lembra a nutricionista Tarcila Campos, que também é educadora em diabetes.

O novo manual tem mais alimentos e um outro recurso que promete ajudar as pessoas com diabetes na hora da contagem: “Nós colocamos uma coluna para o carboidrato com bastante destaque, para ninguém se confundir na hora de fazer a contagem”. O link para download do material está no site da SBD.

O que é a contagem de carboidratos?

É uma estratégia nutricional que tem como objetivo fazer o balanço entre glicemia, quantidade de carboidrato consumido e quantidade de insulina necessária no corpo. O foco é manter essa equação sempre em equilíbrio para a saúde também não sair dos trilhos!

Mas e na prática, como isso funciona? É literalmente somar a quantidade de carboidrato de todo alimento que você consumir. Ou seja, colocou arroz, feijão e batata no prato? Você deve saber a quantidade de carboidrato e adicionar à conta do dia.

Vale para todas as pessoas com diabetes?
Sim, vale, mas mais para uns que para outros. Para quem tem diabetes tipo 2, a contagem de carboidratos não é tão necessária quanto para quem tem o tipo 1. É que as causas da doença crônica tipo 2 estão relacionadas aos hábitos de vida, como sedentarismo, obesidade e alimentação inadequada, que podem resultar em resistência à insulina, que é o hormônio responsável por colocar a glicose para dentro das células. Ou seja, nesses pacientes existe a produção de insulina, mas ela não atua como deveria. Então, o tratamento é mais sobre mudança de hábitos que contagem de carboidratos.

Já o diabetes tipo 1 é causado por uma guerra dentro do nosso corpo. As células de defesa atacam o pâncreas, órgão que fabrica a insulina, tornando a produção do hormônio insuficiente ou até inexistente. Desta forma, a insulina deve ser inserida manualmente. Por isso que todo o processo é tão importante. O paciente deve saber a quantidade de carboidrato que consumiu para saber o quanto precisa aplicar de insulina. Aí a contagem é mais que necessária!