Mounjaro está sendo falsificado no Brasil; Farmacêutica emitiu alerta

Lote falsificado de Mounjaro é confiscado pela Anvisa; Fabricante emite alerta

Terra

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apreendeu ontem (26) o lote 220714 do medicamento Mounjaro. Essa medida foi tomada após a farmacêutica Eli Lilly, responsável pela produção do Mounjaro, ter informado que não reconhece o lote em questão.

Nos últimos meses, tem há uma crescente preocupação global devido ao aumento das falsificações e importações ilegais do Mounjaro, que é utilizado tanto no tratamento de diabetes tipo 2 quanto na perda de peso. A situação se agravou a tal ponto que a Eli Lilly decidiu emitir um alerta público, alertando sobre os perigos do consumo de medicamentos falsificados.

Apesar de o Mounjaro ainda não estar disponível oficialmente no Brasil, já é comercializado de forma ilegal em plataformas online, com promessas de eficácia que não têm garantia de segurança.

Alerta da empresa fabricante

Em resposta ao alerta emitido pela Anvisa, a Eli Lilly divulgou um comunicado nesta terça-feira (27), expressando sua preocupação com o aumento das falsificações contendo, ou afirmando conter, tirzepatida. A farmacêutica destacou que esses produtos, vendidos principalmente em redes sociais e sites de comércio eletrônico, apresentam sérios riscos à saúde.

Testes realizados em algumas dessas falsificações revelaram a presença de bactérias, altos níveis de impurezas, e até mesmo substâncias completamente diferentes daquelas prometidas. Em alguns casos extremos, as amostras continham apenas álcool, sem qualquer vestígio do princípio ativo tirzepatida.

A Anvisa reforça a importância de adquirir medicamentos exclusivamente em farmácias regulamentadas, que são fiscalizadas pelas autoridades competentes. Essa recomendação visa proteger a saúde pública, prevenindo a circulação de produtos potencialmente perigosos.

Pílulas manipuladas: um novo risco

Outro aspecto preocupante desse esquema criminoso é a oferta de versões orais e manipuladas do Mounjaro, apresentadas como alternativas com menor valor. No entanto, especialistas alertam que, até o momento, a única forma aprovada de administração da tirzepatida é a injeção subcutânea. Qualquer outra forma de consumo não foi avaliada por órgãos reguladores, o que torna sua segurança e eficácia altamente duvidosas.