INSULINA SEMANAL ESTÁ MAIS PERTO DE SER UMA REALIDADE

Tecnologia

Novo medicamento deve reduzir as aplicações de 365 para 52 por ano

Resultado de estudo apresentando durante o EASD sobre insulina semanal

A insulina semanal é considerada um dos maiores avanços da tecnologia no tratamento do diabetes e deve estar disponível no mercado em até 2 anos. Novos resultados sobre a insulina semanal icodec foram apresentados pela Novo Nordisk durante a 58ª reunião anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (EASD).

O estudo foi realizado em adultos com diabetes tipo 2 que utilizaram a insulina icodec, uma vez por semana, e indivíduos que receberam a insulina degludeca diariamente.

 Os dados revelam que 37% dos pacientes tratados com icodec alcançaram hemoglobina glicada (HbA1c) menor que 7,0%, sem apresentar hipoglicemia grave ou clinicamente significativa, em comparação com 27% daqueles tratados com insulina degludeca em 26 semanas.

Durante o estudo, a insulina semanal alcançou uma redução superior na hemoglobina glicada estimada de 0,93% em comparação com 0,71% para insulina de uso diário. Além disso, os participantes relataram maior satisfação ao utilizar a nova insulina, “acreditamos que a insulina icodec pode se tornar a opção ideal para o tratamento do diabetes tipo 2, especialmente para os indivíduos que iniciam a terapia com insulina”, afirma a diretora médica da Novo Nordisk, Priscilla Mattar.

A insulina semanal também está sendo testada em adultos com diabetes tipo 1.  Os resultados devem ser divulgados nos próximos meses.

Sobre a insulina semanal

A insulina icodec é um novo análogo de insulina basal uma vez por semana, desenvolvida para suprir os requisitos de insulina basal (ação lenta e prolongada)  por uma semana inteira com uma única injeção subcutânea. Isso significa diminuir o número de aplicações de 365 para 52 por ano, já que atualmente, os produtos de insulina basal com maior duração são injetados uma vez ao dia. A insulina semanal está atualmente passando pela fase 3 de desenvolvimento clínico, após isso será submetida aos órgãos regulatórios dos Estados Unidos e Europa para aprovação.