As queixas relacionadas às manchas na pele, sintoma característico do melasma, têm se tornado cada vez mais comuns nos consultórios. Mas, a doença considerada sem solução definitiva, pode estar com os dias contados. Um estudo internacional realizado por especialistas brasileiros, israelenses e americanos encontrou no “peelling médico” o que pode ser considerada a cura. Os resultados dessa pesquisa foram publicados em uma das principais revistas cientificas do mundo, JAAD – Journal of The American Academy of Dermatology.
A pesquisa consistiu na aplicação de peeling médico em 26 pacientes com melasma, com acompanhamento ao longo de aproximadamente sete anos. Dos participantes, 22 foram completamente curados da doença, conforme comprovado por análises de biópsias que demonstraram a ausência de pigmentação mesmo após o período de cicatrização.
O líder da equipe brasileira, o renomado dermatologista e pesquisador Dr. Felipe Ribeiro, é reconhecido por sua expertise em peelings químicos e sua contribuição acadêmica como autor de obras sobre o tema. Ele ressalta a importância deste estudo: “Este é o primeiro artigo sério e com resultados significativos publicado internacionalmente sobre o tema. Até então, tínhamos apenas relatos de tratamentos eficazes, mas não uma verdadeira remissão. Isso significava que os pacientes precisavam se submeter a terapias contínuas com lasers, clareadores ou microagulhamentos pelo resto da vida.”
O Melasma é uma condição que geralmente afeta a pele do rosto, principalmente em mulheres, manifesta-se por meio de hiperpigmentações escuras ou acastanhadas e irregulares. Fatores genéticos, hormonais e exposição ao sol sem proteção adequada são alguns dos desencadeadores desse problema.
Durante os estudos, os pesquisadores utilizaram substâncias capazes de penetrar profundamente na pele, removendo as camadas afetadas e proporcionando uma remissão duradoura da doença. Sobre os desafios enfrentados durante o processo de pesquisa, o dermatologista Felipe Ribeiro comenta: “Foi importante entendermos os mecanismos do melasma antes de explorarmos possíveis abordagens de cura.”
Esta descoberta promissora tem o potencial de beneficiar milhões de pessoas em todo o mundo que sofrem com a doença, além de abrir novas perspectivas para o desenvolvimento de tratamentos dermatológicos inovadores. Com o avanço da pesquisa, os cientistas estão comprometidos em conduzir estudos clínicos adicionais para validar e aprimorar ainda mais o tratamento, a segunda etapa tem como prioridade certificar até quando os participantes estarão em remissão, visando oferecer uma solução eficaz e definitiva para os pacientes afetados pelo melasma.
Existe alguma relação do Melasma com o diabetes?
O melasma e o diabetes são condições distintas, sem relação causal comprovada. O diagnóstico preciso e o tratamento adequado para cada condição, são essenciais para a saúde e o bem-estar e devem ser realizados por um médico especialista. O tratamento do melasma deve ser realizado por um dermatologista, que indicará a terapia mais adequada para cada caso, levando em consideração as características individuais de cada pessoa. A proteção solar é fundamental para prevenir e controlar o melasma independentemente da presença ou não de diabetes. Utilize protetor solar FPS 30 ou superior diariamente, reaplique a cada duas horas e evite a exposição excessiva ao sol.
Fonte: Comparative long-term efficacy of phenol-croton oil chemical peels for persistent melasma at varied Croton tiglium oil concentrations | Published:April 02, 2024DOI – JAAD – Journal of The American Academy of Dermatology
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