Não são apenas as pessoas com diabetes que podem ter uma crise de hipoglicemia. Mas, sem dúvida, elas são muito mais comuns na nossa rotina.
Antes de tudo precisamos saber que monitorar a glicemia é a única forma de confirmar que está uma crise. Essa monitoração pode ser por sensor ou o exame da ponta do dedo. Entretanto, na impossibilidade de medir a glicemia e na presença dos sintomas o indicado é fazer o tratamento mesmo assim.
Sintomas em crianças X adultos
Nas crianças menores de dois anos os sintomas a se observar, segundo a endocrinologista Monica Gabbay, são: irritabilidade, choro importante, agitação e às vezes o contrário, a letargia. As crianças maiores vão mostrar irritabilidade, sudorese excessiva, coração disparado, além de sintomas de muita fome.
Nos adultos alguns sintomas são: tremor, suor, calafrios, confusão mental, tontura, taquicardia, fome, náusea, sonolência, visão embaçada, dor de cabeça, sensação de formigamento e em casos mais graves convulsões e inconsciência.
Sintomas DM1 X DM2
Esses sintomas tendem a ser iguais nos pacientes com diabetes tipo 1 e tipo 2. “O paciente DM2, que toma insulina, ele vai ter os mesmo sintomas que o paciente com diabetes tipo 1”, lembra a médica.
Antes ou durante uma crise, a maior preocupação é com a correção da hipoglicemia. “A pessoa busca de uma maneira incessantemente comer, então é um problema se comer muito mais do que precisa pra corrigir aquele nível de glicemia”, afirma Mônica.
Hipoglicemia assintomática
A grande preocupação de quem apresenta hipoglicemia frequente é perder a capacidade de reconhecer que está tendo hipoglicemia. É o que os médicos chamam de hipoglicemia assintomática. “É importante que essa pessoa resgate esses sintomas que percebam a hipoglicemia. Pra isso muitas vezes a gente precisa permitir que esse paciente fique com um nível glicêmico um pouco mais alto no dia a dia para que se resgate novamente a percepção dos sintomas de hipoglicemia”, explica a endocrinologista. Ela alerta que mesmo sendo comum nos pacientes a hipoglicemia não é normal: “É importante que cada paciente conheça os seus sintomas de hipoglicemia e monitore mais perto pra que não chegue a hipoglicemia assintomática. O paciente com hipoglicemia assintomática tem um risco enorme de ter hipoglicemia grave”.
Uma pesquisa recente revela que a hipoglicemia assintomática ocorre em aproximadamente 33% dos pacientes com diabetes tipo um. Segundo Monica Gabbay o estudo que monitorou os pacientes, através de sensor contínuo, também revelou que 8,5% desses pacientes ficam mais de duas horas em hipoglicemia. “Esse é um risco muito grande”, alerta.
Qual a melhor forma de corrigir uma hipoglicemia?
Há um erro comum entre as pessoas com diabetes que tem poucas informações. Quando elas precisam corrigir a hipoglicemia, acreditam que podem fazer isso comendo doce. Não é verdade, segundo a endocrinologista: “Não é correto corrigir hipoglicemia com doce. A hipoglicemia a gente corrige com carboidrato rápido suco, refrigerante, mel ou diretamente com a glicose, açúcar”.
Quando é possível administrar algum alimento via oral, a forma correta de corrigir a hipoglicemia é com 15 gramas de carboidrato simples, o que é equivalente a uma colher de sopa de açúcar (que pode ser diluída em água), uma colher de sopa ou 3 sachês de mel (não é permitido para crianças menores de um ano), 150ml de refrigerante comum (não dietético) ou suco de laranja integral ou de 3-4 balas mastigáveis. As informações são do Portal Dráuzio Varella.
Após ingerir alguma das fontes de 15g de carboidratos de rápida absorção, aguarde 15 minutos para verificar novamente a glicemia. Se continuar baixa, repita o tratamento. Para prevenir outra crise de hipoglicemia, após normalização da glicemia (e se a próxima refeição não for acontecer no período de uma hora), faça um lanche / refeição.
A composição da refeição que visa prevenção da hipoglicemia deve incluir fibras (como alimentos integrais, feijão ou leguminosas e verduras), proteína (carnes, ovos, queijo ou leite) e gorduras (como azeite e castanhas). Isto é válido para os lanches antes de dormir (ceia) para pacientes que fazem hipoglicemia noturna, para lanches antes de praticar exercício físico ou em qualquer horário em que o paciente tenho risco de ter hipoglicemia. Ao invés de consumir somente uma fruta, por exemplo, inclua também leite ou iogurte, farelo de aveia e castanhas. Ou ao invés de consumir somente o pão, inclua também queijo branco, alface e tomate.
É importante destacar, entretanto, que para o tratamento da hipoglicemia os carboidratos simples devem ser consumidos isoladamente, sem associar fibras, proteína ou gordura, que podem retardar o esvaziamento gástrico e consequentemente a correção da glicemia (não é indicado consumo de leite, chocolates ou biscoitos recheados). É importante que o paciente disponha sempre dos alimentos para correção da hipoglicemia, carregando sachê de açúcar, mel ou balas, por exemplo.
Tipos e causas de hipoglicemia
Geralmente, define-se a hipoglicemia quando a quantidade de açúcar no sangue vai para baixo de 70mg/dL. Existem dois tipos principais de hipoglicemia: a hipoglicemia de jejum e a pós-prandial (ou reativa), que ocorre depois das refeições.
Sintomas
Sinais da hipoglicemia por conta de hormônios de contrarregulação:
Tremores;
Tonturas;
Palidez;
Dor de cabeça;
Suor frio;
Nervosismo;
Palpitações;
Pesadelos (hipoglicemia pode ocorrer também durante o sono);
Náuseas;
Vômitos;
Sonolência;
Taquicardia;
Fome.
Sinais de hipoglicemia devido à redução da quantidade de glicose no cérebro:
Confusão mental;
Alterações do nível de consciência;
Perturbações visuais e de comportamento que podem ser confundidas com embriaguez, cansaço, fraqueza, sensação de desmaio e convulsões.
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Te desejo muito sucesso e boas glicemias!
Meu nome é Maria de Fátima Rodrigues Girola. Tenho 67 anos e estou diabética, não tenho plano de saúde meu telefone é 98701-0342, Rio de Janeiro
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