Sete em cada dez municípios brasileiros lutam para controlar o diabetes e a hipertensão. É o que revela os dados divulgados pelo Previne Brasil, programa do governo federal que vincula parte dos recursos da atenção primária ao cumprimento de metas assistenciais. As estatísticas dos últimos 4 meses de 2023 indicam que muitos municípios não conseguiram atingir os níveis mínimos de controle dessas doenças, mesmo com diretrizes simples, como dosar a hemoglobina glicada uma vez por ano e medir a pressão arterial a cada seis meses.
A falta de controle dessas condições crônicas é atribuída a diversos fatores, incluindo o envelhecimento da população e a escassez de profissionais na atenção primária. Além disso, problemas de metodologia no sistema de informação do Ministério da Saúde também são apontados como contribuintes para essa situação desafiadora.
A hipertensão arterial está intimamente associada ao diabetes tipo 2. As duas condições aumentam o risco de complicações no coração, afetando um em cada três adultos no mundo. A hipertensão é reconhecida como um grave problema de saúde pública pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Se não diagnosticada e tratada adequadamente, pode desencadear complicações graves, incluindo AVC, ataques cardíacos, insuficiência cardíaca e danos renais.