Gêmeos com diabetes recebem sensor em hospital de Santa Catarina

Tecnologia

Maurílio Goeldner

Repórter e editor do portal Um Diabético. Escreve sobre saúde desde os tempos da faculdade de jornalismo. Para sugerir uma reportagem: redacao@umdiabetico.com.br

Bruno e Eduardo, de 10 anos, são gêmeos idênticos. Para medicina o nome técnico é “gêmeos univitelinos”, porque se originaram do mesmo zigoto e compartilham o mesmo DNA. Os irmãos descobriram o diagnóstico do diabetes em momentos diferentes. O primeiro foi o Eduardo e quando isso aconteceu a mãe, Cintia Antunes, foi alertada: “A médica sempre falou que tinha essa possibilidade, já que eles são gêmeos univitelinos”. Então, por precaução, Bruno sempre fazia os exames junto com o irmão. Em abril do ano passado o resultado também veio alterado. “E por incrível que pareça, a hemoglobina glicada do Eduardo estava melhor que a do Bruno”, lembra Cintia.

Os gêmeos Bruno e Eduardo com o jornalista Tom Bueno, na série Todos Pelo Diabetes

Os irmãos enfrentaram os desafios de conviver com a doença autoimune juntos. O controle do diabetes só começou a ficar mais fácil depois que a família passou a ser beneficiada por um programa do Hospital Infantil Joanna de Gusmão, em Florianópolis, Santa Catarina. Crianças e adolescentes com idades entre 4 e 14 anos que convivem com diabetes tipo 1 têm acesso gratuito ao sensor de glicose FreeStyle Libre. “Faz um mês que eles estão usando o sensor. Mudou tudo, a gente aprende muito mais, faz o controle. É mais fácil fazer a contagem de carboidratos. Tem o gráfico ali, o alvo que eles tem que atingir. Coisas que a gente não conseguia usando só o glicosímetro”, comemora a mãe.

Como funciona o sensor

O FreeStyle Libre é aplicado na pele mede continuamente a glicose no líquido intersticial, desta forma consegue apresentar um panorama mais fiel do perfil glicêmico. Não existe limite de verificação, o processo é indolor, discreto e prático, podendo ser realizado em qualquer lugar. Isso ajuda na adesão e até alivia a rotina de pais e crianças quando estão na escola ou dormindo.

Todos os dados registrados pelo sensor ficam armazenados e podem ser acessados pelo médico ou outro profissional de saúde que faz o acompanhamento por meio de uma plataforma.