Com a ascensão dos cigarros eletrônicos, os ‘vapes‘ e ‘pods‘, o debate sobre os impactos do tabagismo na saúde ganhou novas dimensões. Enquanto os cigarros convencionais carregam há décadas a fama de vilões para a saúde, os vapes surgiram inicialmente como uma alternativa menos prejudicial.
No entanto, a popularização desses dispositivos trouxe à tona novas preocupações, especialmente para pessoas que convivem com doenças crônicas, como o diabetes.
As pessoas com diabetes, em particular, enfrentam desafios únicos quando expostas aos efeitos nocivos do cigarro e dos vapes.
Alguns estudos indicam que o tabagismo pode agravar o controle glicêmico, aumentando o risco de complicações graves, como doenças cardiovasculares e problemas nos nervos e rins.
Além disso, a nicotina presente tanto nos cigarros quanto nos vapes pode dificultar a ação da insulina, o que é especialmente problemático para pessoas com diabetes que dependem desse hormônio para manter seus níveis de açúcar no sangue sob controle.
Nesta quinta-feira (29), no Dia do Combate ao Tabagismo, o ‘Portal um Diabético’, entrevistou a Dra. Suzianne Lima, médica pneumologista e membro da comissão científica de Tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia para entender os impactos do tabagismo na vida de pessoas com diabetes.
Cigarros e Vapes: quais os riscos para quem convive com diabetes
Segundo a Dra. Suzianne Lima, fumar pode aumentar os níveis glicêmicos, reduzir o fluxo sanguíneo para os pés e aumentar o risco de danos nos rins e nos olhos. Quando uma pessoa tem diabetes tipo 2, fumar aumenta o risco de amputações e o tabagismo também pode potencializar as complicações da doença, tornando-se uma combinação desastrosa para a saúde.