Falta de insulina rápida no SUS: Médicos apontam alternativas

Saúde Pública Tratamento

Maurílio Goeldner e Tom Bueno, da Redação Um Diabético

A possível falta de insulina de ação rápida nos postos de saúde preocupa muitas pessoas com diabetes. A situação dos estoques ainda é incerta.

O Tribunal de Contas da União emitiu um alerta avisando que em março de 2023 o estoque era de cerca de 190.000 canetas de insulina de ação rápida. Isso seria suficiente somente até o fim de abril, ou seja, nas próximas semanas. E não há previsão de reabastecimento porque foi feita uma compra emergencial no início de março. Só que a empresa que vendeu esses insumos não consegue entregar nessa prazo curto. A previsão é que as insulinas sejam entregues só a partir de junho.

As endocrinologistas Karla Melo e Denise Franco, entrevistadas pelo portal Um Diabético, apontam possível alternativas caso essa falta do medicamento se prolongue. O primeiro ponto é fazer o calculo de quantas canetas de insulina de ação rápida você usa por mês. Por exemplo: se você gasta 30 unidades de insulina por dia e cada frasco tem 300 unidades, você precisaria de 1 caneta a cada dez dias, portanto três canetas de insulina por mês.

A alternativa número um é trocar pela mesma classe de insulina, a insulina de ação rápida. Existem três no Brasil que são vendidas na farmácia, os nomes comerciais são: Lispro (Humalog®), Aspart (NovoRapid®) e a Glulisina (Apidra®). O preço delas varia entre R$ 35 e R$ 50. A pessoa teria que desembolsar cerca de R$ 120 por mês para conseguir manter o tratamento.

Outra opção é trocar essa insulina de ação rápida para insulina regular. Só que a gente está dizendo voltar para a insulina regular, que é uma insulina que aumenta a chance de hipoglicemia em 45%.

Além disso a dose precisa ser ajustada. Segundo Karla Melo a aplicação deve acontecer necessariamente 30 minutos antes das refeições. “Daí tem uma questão logística, porque hoje, para você conseguir pegar a sua insulina, você precisa ter uma receita atualizada e no caso de uma troca de uma insulina de ação rápida por uma regular, será necessária uma nova receita”, alerta ela.

É importante conversar com o seu médico, que pode ter orientações específicas e individualizadas.

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