Uma postagem com informações falsas sobre o diabetes tipo 2 tem ganhado grande alcance nas redes sociais, preocupando especialistas e profissionais de saúde. No vídeo amplamente compartilhado, é feita uma associação equivocada entre a condição e uma suposta bactéria no pâncreas, além de alegar que a medicação metformina seria prejudicial aos pacientes. Como alternativa, é sugerida uma “terapia caseira natural”, sem qualquer embasamento científico.
O que dizem especialistas
A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) emitiu um alerta repudiando a disseminação dessa fake news, que pode ter consequências graves para a saúde de milhões de brasileiros. Segundo a SBD, o vídeo deve ser imediatamente removido das plataformas digitais, e os responsáveis pela divulgação devem ser responsabilizados.
Metformina é segura!
A metformina, citada de forma negativa no vídeo falso, é um medicamento amplamente utilizado desde 1958. Reconhecida por sua segurança e eficácia, ela melhora a ação da insulina, essencial para o controle glicêmico. Além disso, a metformina é uma opção de baixo custo, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) e utilizada por milhões de brasileiros.
Riscos do abandono do tratamento
Especialistas alertam que o pânico gerado por informações falsas pode levar pacientes a abandonarem o tratamento, comprometendo o controle glicêmico e aumentando o risco de complicações graves, como perda de visão, insuficiência renal, amputações e infarto agudo do miocárdio.
“O controle glicêmico adequado é fundamental para prevenir as complicações do diabetes. A metformina desempenha um papel crucial tanto no tratamento quanto na prevenção do DM2”, reforça a SBD.
Responsabilidade das redes sociais
A SBD também destacou a responsabilidade das plataformas digitais em impedir a disseminação de conteúdos prejudiciais à saúde. A instituição recomenda que as redes sociais utilizem suas tecnologias para identificar e barrar postagens enganosas, protegendo a população de informações nocivas.
“É imprescindível que as redes sociais colaborem para evitar a propagação de fake news que possam colocar em risco a vida de milhões de pessoas. A desinformação não é apenas um problema ético, mas também uma questão de saúde pública”, conclui o comunicado.
A SBD reforça que pacientes com diabetes tipo 2 devem seguir as orientações de seus médicos e buscar informações apenas em fontes confiáveis. Em caso de dúvidas, é fundamental consultar um profissional de saúde.
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