Estudo revela que regiões marcadas pelo racismo estrutural têm mais casos de diabetes

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Neste 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, é importante refletirmos sobre como a história de desigualdades raciais continua impactando a saúde e a qualidade de vida das populações negras e outras minorias. Um estudo recente revelou como o racismo estrutural nos Estados Unidos, em especial uma prática chamada redlining, está relacionado à alta prevalência de diabetes tipo 2 entre essas comunidades.

O que foi o redlining?

Na primeira metade do século 20, nos EUA, bancos e seguradoras usavam mapas para decidir onde liberar empréstimos para compra de casas. Esses mapas marcavam com linhas vermelhas (“redlining”) os bairros considerados “de risco” – ou seja, aqueles habitados por minorias raciais. Na prática, essas comunidades não podiam acessar crédito, seguros ou outras oportunidades financeiras, ficando excluídas da possibilidade de comprar imóveis ou acumular riqueza.

Essa discriminação criou uma barreira ao desenvolvimento dessas comunidades, perpetuando ciclos de pobreza, falta de moradia adequada e outras condições que ainda impactam gerações atuais.

Como isso está ligado ao diabetes tipo 2?

Os pesquisadores do estudo analisaram dados de saúde, renda e condições sociais em mais de 11 mil áreas dos Estados Unidos. Eles descobriram que, nas regiões onde havia redlining, a prevalência de diabetes tipo 2 entre os adultos é, em média, de 11,8% – uma taxa mais alta do que em áreas que não sofreram essa prática.

Isso acontece porque o redlining contribuiu para criar ou agravar problemas como:

• Pobreza: Muitas famílias não conseguiram sair de situações de dificuldade financeira. Isso limita o acesso a alimentos saudáveis e cuidados médicos.

• Moradias precárias: Despejos frequentes e casas em péssimas condições geram estresse e insegurança, que prejudicam a saúde.

• Desemprego: A falta de oportunidades de trabalho aumentou o impacto econômico nessas comunidades.

• Discriminação e encarceramento: O preconceito e o alto índice de prisões entre minorias afetam diretamente a saúde física e mental das pessoas.

O papel da alimentação e do acesso à saúde