Estudo inédito com transplante de células beta apresenta resultado promissor para diabetes tipo 1

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Uma nova esperança surge para pessoas com diabetes tipo 1. A Sana Biotechnology anunciou resultados positivos de um estudo clínico pioneiro que investiga o transplante de células pancreáticas sem o uso de imunossupressores. A pesquisa, conduzida em parceria com o Hospital Universitário de Uppsala, na Suécia, é um marco na busca por tratamentos mais acessíveis e menos invasivos.

O que foi descoberto?

O estudo utilizou a tecnologia Hypoimmune (HIP) da Sana, que permite que células transplantadas evitem o ataque do sistema imunológico. O primeiro paciente tratado mostrou sinais claros de sobrevivência e funcionamento das células beta pancreáticas transplantadas, responsáveis pela produção de insulina. Entre os resultados observados:

• Produção de insulina: Marcadores no sangue, como o C-peptídeo, indicaram que as células transplantadas estavam ativas, produzindo insulina em resposta a refeições.

• Segurança: Não houve reações adversas ou rejeição imunológica ao transplante.

• Sobrevivência do enxerto: Imagens de ressonância magnética confirmaram a presença das células no local do transplante 28 dias após o procedimento.

Por que isso é importante?

Atualmente, pessoas com diabetes tipo 1 precisam de múltiplas injeções de insulina diárias ou dispositivos de alta tecnologia para controlar a glicemia. O transplante de células pancreáticas já é uma opção, mas exige imunossupressores para evitar rejeição, o que pode causar efeitos colaterais graves.

Com a tecnologia HIP, essa barreira é eliminada. As células modificadas conseguem “esconder-se” do sistema imunológico, evitando tanto rejeições quanto o ataque autoimune que caracteriza o diabetes tipo 1.

Futuro do tratamento do diabetes tipo 1

Esses resultados preliminares trazem otimismo. Segundo Per-Ola Carlsson, médico e pesquisador líder do estudo, “os dados fornecem uma base sólida para acreditar em tratamentos escaláveis e curativos que eliminem a necessidade de insulina e imunossupressores”. A pesquisa seguirá avaliando a segurança e eficácia a longo prazo, e a empresa planeja apresentar os resultados em congressos científicos.

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