Estudo aponta que Mounjaro melhora o controle glicêmico em pessoas com diabetes tipo 2

Tratamento

Nesta quinta-feira (01), a empresa farmacêutica Eli Lilly and Company divulgou resultados de um recente estudo clínico de Fase 3, conhecido como SUMMIT, que revelou ótimos resultados para a tirzepatida, mais conhecida como Mounjaro, medicamento usado para tratamento de obesidade e diabetes tipo 2. Este remédio reduziu significativamente o risco de complicações em adultos com insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEp)   e obesidade.

A ICFEp é caracterizada por uma rigidez na câmara de bombeamento do coração, que impede o órgão de distribuir sangue adequadamente pelo corpo. Essa condição causa sintomas como fadiga, falta de ar, capacidade reduzida de exercício e inchaço nas extremidades, afetando significativamente a qualidade de vida dos pacientes.

Resultados do estudo

Foto: Reprodução/Internet

O estudo SUMMIT contou com 731 participantes de diversos países, incluindo Brasil, Estados Unidos, Argentina, China e México. Os pacientes que participaram do estudo são adultos que vivem com insuficiência cardíaca e obesidade, com ou sem diabetes tipo 2. Eles foram randomizados para receber doses variadas de tirzepatida ou placebo.

A pesquisa mostrou que o medicamento reduziu o risco de hospitalização por insuficiência cardíaca, necessidade de intensificação de diuréticos orais ou morte cardiovascular em 38% em comparação ao placebo. Além de reduzir o risco de complicações graves, o Mounjaro também melhorou significativamente os sintomas de insuficiência cardíaca e as limitações físicas dos pacientes.

Dr. Luiz Magno, Diretor Sênior da Área Médica da Lilly Brasil, comentou sobre a relevância dos resultados: “A insuficiência cardíaca é uma condição que impacta drasticamente a qualidade de vida dos pacientes. No Brasil, ela é a principal causa de hospitalização em pessoas acima de 60 anos. Resultados como os alcançados com a tirzepatida são fundamentais para oferecer novas opções de tratamento eficazes.”

Os participantes do estudo relataram uma melhora considerável na capacidade de se exercitar, medida pela distância percorrida no teste de caminhada de 6 minutos. Além de uma redução nos níveis do marcador de inflamação Proteína C.

Um dos destaques do estudo foi a perda de peso média de 15,7% nos pacientes tratados com tirzepatida, em comparação a apenas 2,2% no grupo placebo.

Diabetes tipo 2 e os resultados