Conduzida por Jan-Frieder Harmsen, Patrick Schrauwen e colegas do Centro Médico Universitário de Maastricht, na Holanda, a pesquisa focou em adultos com sobrepeso e resistência à insulina.
Os participantes do estudo foram divididos em dois grupos, cada um exposto a diferentes condições de iluminação ao longo de um período de 40 horas.
Um grupo experimentou luz brilhante durante o dia e escuridão à noite, enquanto o outro grupo teve luz brilhante à noite e menos luz durante o dia.
Esta perspectiva permitiu aos pesquisadores avaliar como a alteração do ciclo natural de luz e escuridão afeta variáveis metabólicas cruciais.
O que revelou o estudo
As pessoas expostas à luz artificial durante o dia apresentaram níveis mais baixos de glicose no sangue antes do jantar e mantiveram um alto gasto energético.
Em contraste, o grupo exposto à luz à noite mostrou uma redução no gasto energético e uma supressão significativa do hormônio melatonina, essencial para regular o sono e outros processos metabólicos.
Os estudiosos também observaram que a exposição prolongada à luz artificial à noite está associada a níveis elevados de glicose e insulina no sangue após as refeições, o que pode contribuir para o desenvolvimento de resistência à insulina e diabetes tipo 2.
Este fenômeno é particularmente preocupante em um contexto global onde a exposição à luz artificial se tornou onipresente, seja em residências, locais de trabalho ou dispositivos eletrônicos como o celular.
Além dos impactos diretos no metabolismo da glicose, o estudo também destacou como diferentes regimes de iluminação podem influenciar a temperatura da pele e a pressão arterial ao longo do dia.
A exposição adequada à luz durante o dia e a escuridão à noite foram associadas a variações saudáveis na pressão arterial, um marcador crucial para a saúde cardiovascular.
Os resultados sugerem que ajustar o ambiente de iluminação em ambientes internos para imitar mais de perto o ciclo natural de luz e escuridão pode ter benefícios significativos na prevenção de doenças metabólicas a longo prazo.
No entanto, os pesquisadores enfatizam a necessidade de mais estudos para entender melhor como diferentes padrões de luz podem ser otimizados para promover a saúde metabólica e reduzir o risco de diabetes tipo 2 na população em geral.
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