Receber o diagnóstico de diabetes pode ser um momento desafiador. Muitas perguntas surgem, e a principal delas é: “O que vai acontecer comigo?”. A boa notícia é que, com o conhecimento adequado e algumas mudanças de hábitos, é possível viver bem com diabetes. Neste artigo, especialistas explicam os primeiros passos fundamentais para quem acaba de ser diagnosticado com a condição, seja diabetes tipo 1 ou tipo 2.
Entendendo o diagnóstico de diabetes
De acordo com a endocrinologista Dra. Mônica Gabay, a primeira coisa que o paciente precisa saber é que o diabetes é uma condição crônica, ou seja, ele estará presente pelo resto da vida. No entanto, isso não significa que a qualidade de vida será afetada. Com o tratamento adequado, é possível viver de forma saudável. A condição exige monitoramento contínuo da glicose, ajustes na alimentação e, no caso do diabetes tipo 1, a aplicação de insulina.
No diabetes tipo 2, as abordagens podem variar. Embora alguns pacientes não precisem de insulina logo no início, o controle dos níveis de glicose através de medicamentos e mudanças no estilo de vida, como perda de peso e prática de exercícios físicos, são fundamentais.
A importância do monitoramento glicêmico
Um dos pilares do controle do diabetes é o monitoramento regular da glicose. Segundo a Dra. Mônica, seja com o uso de sensores de glicose ou por meio da tradicional ponta de dedo, essa prática permite que o paciente compreenda melhor como seu corpo reage aos alimentos, ao exercício e até às variações hormonais. O monitoramento ajuda a tomar decisões mais assertivas sobre o tratamento e a ajustar as doses de insulina ou medicamentos orais.
A nutricionista e educadora em diabetes Tarsila Campos reforça que conhecer os níveis de glicose permite que o paciente entenda como o corpo responde à sua dieta. No caso do diabetes tipo 1, a insulina deve ser ajustada de acordo com os alimentos ingeridos. Já para o diabetes tipo 2, o monitoramento auxilia a verificar se a quantidade de alimento está adequada para a medicação em uso.
Alimentação: não existem alimentos proibidos
Uma dúvida comum entre os pacientes recém-diagnosticados é sobre a alimentação. Afinal, o que pode ou não pode ser consumido? Segundo Tarsila, não existem alimentos proibidos ou permitidos. O segredo está no equilíbrio e nas adaptações feitas de acordo com a realidade de cada pessoa.
Ela ressalta que tudo o que comemos se transforma em glicose no organismo, e a questão não é o alimento em si, mas como o corpo utiliza a insulina para colocar essa glicose dentro das células. No caso do diabetes, esse processo está comprometido, mas com a orientação médica e nutricional adequada, é possível desfrutar de uma alimentação saudável e equilibrada, sem restrições severas.
Hiperglicemia e hipoglicemia: o que são e como evitar?
No controle do diabetes, dois termos se destacam: hiperglicemia (alto nível de glicose no sangue) e hipoglicemia (baixo nível de glicose no sangue). A Dra. Mônica explica que a hiperglicemia ocorre quando o corpo não consegue processar adequadamente a glicose, seja por falta de insulina no diabetes tipo 1 ou por resistência à insulina no diabetes tipo 2. Já a hipoglicemia acontece quando os níveis de glicose caem muito, geralmente após o uso de insulina ou medicamentos, sem a devida compensação alimentar ou após exercícios físicos intensos.
Prevenindo complicações a longo prazo
Um dos maiores temores de quem vive com diabetes são as complicações a longo prazo. Quando os níveis de glicose permanecem altos por muito tempo, o diabetes pode danificar os vasos sanguíneos, resultando em problemas na visão, nos rins e nos pés. Tarsila ressalta que essas complicações não surgem devido a um aumento esporádico de glicose, mas sim quando o controle da glicemia é negligenciado por longos períodos.
Por isso, o acompanhamento regular com uma equipe médica é fundamental para ajustar o tratamento conforme necessário e garantir que o diabetes esteja sempre sob controle.
Viver com diabetes pode parecer desafiador no início, mas com o apoio de especialistas, como endocrinologistas e nutricionistas, o paciente pode ter uma vida plena e saudável. O controle dos níveis de glicose, aliado a uma alimentação equilibrada e à prática de atividade física, são os pilares de um tratamento bem-sucedido. O conhecimento sobre o próprio corpo e o tratamento são fundamentais para garantir que o diabetes não seja um obstáculo para uma vida longa e saudável.
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E A CURA ???????? Quando chega ??????