SUS muda tratamento de diabetes para distribuir remédio “moderno” a mais pessoas

Saúde Pública

O Sistema Único de Saúde (SUS) se prepara para oferecer uma nova opção no tratamento gratuito para pessoas com diabetes tipo 2. Em recente atualização, o Ministério da Saúde aprovou a atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) que inclui mudanças nas recomendações do tratamento em todo o país.

O protocolo de tratamento é um documento que estabelece os critérios para diagnóstico, tratamento, medicamentos e acompanhamento clínico no âmbito do SUS (Sistema Único de Saúde). Com essas mudanças, espera-se oferecer um tratamento mais eficaz e personalizado para os pacientes com diabetes tipo 2, contribuindo para o controle da doença e melhorando sua qualidade de vida.

Uma das principais alterações diz respeito à faixa etária para a prescrição da Dapagliflozina, um medicamento que mostrou benefícios no controle da doença. A Dapagliflozina é um medicamento que também ajuda a reduzir os riscos de doenças cardiovascular como infarto e derrame, que são as principais complicações associadas à ao diabetes. Anteriormente, a recomendação do remédio no sistema público era para pacientes com 65 anos ou mais e já com doença cardiovascular. Agora, com a nova atualização, o uso do medicamento é oferecido para pacientes a partir dos 40 anos de idade, com risco de doenças do coração ou que já teve alguma problema cardíaco.

Essa mudança teve como base os dados de eficácia, custo-benefício e evidências científicas após análise e aprovação pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (CONITEC). A comunidade de pessoas com diabetes, representada por entidades como a Sociedade Brasileira de Diabetes e a Associação de Diabetes Juvenil – Diabetes Brasil, também contribuiu para a revisão do protocolo.

Além da ampliação da faixa etária para o uso da Dapagliflozina, outras atualizações foram incorporadas ao protocolo. Com o foco em aprimorar o tratamento do diabetes, entre elas estão a inclusão de novos parâmetros de avaliação, como a nocturia, que é uma vontade de urinar frequentemente durante a noite, como sintoma de diabetes. Além da ampliação das orientações quanto ao uso de insulinas humanas NPH e Regular.

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