Diabetes: comer arroz e feijão por último pode ajudar a evitar glicose alta, entenda

Alimentação

Um estudo publicado na revista Diabetes Care traz uma descoberta importante para quem vive com diabetes tipo 2: a ordem onde os alimentos são consumidos durante uma refeição pode influenciar significativamente os níveis de glicose no sangue. 

Os pesquisadores examinaram o impacto da ordem dos alimentos em um grupo de 11 adultos com sobrepeso ou obesidade, todos com diabetes tipo 2 e em tratamento com metformina.

Os participantes, após um jejum de 12 horas, consumiram uma refeição isocalórica em dois dias diferentes, com uma semana de intervalo. A refeição era composta por pão, suco de laranja, peito de frango grelhado, salada de alface e tomate, e brócolis cozido no vapor.

Análises de resultados

Na primeira visita, os participantes consumiram carboidratos (pão e suco) primeiro, seguidos 15 minutos depois pelas proteínas (frango) e vegetais (salada e brócolis). Na segunda visita, a ordem foi invertida: primeiro as proteínas e vegetais, depois os carboidratos.

Quando os participantes comeram proteínas e vegetais antes dos carboidratos, os níveis médios de glicose pós-refeição diminuíram significativamente em comparação com a ordem inversa. As medições foram feitas 30, 60 e 120 minutos após o início da refeição e mostraram reduções de 28,6%, 36,7% e 16,8%, respectivamente. 

Os níveis de insulina também foram menores quando as proteínas e vegetais foram consumidos primeiro, sugerindo uma melhor sensibilidade à insulina. Esses resultados são comparáveis aos efeitos de alguns medicamentos que visam a glicose pós-prandial, destacando a importância potencial dessa abordagem alimentar.

Para as pessoas com diabetes tipo 2, ajustar a ordem dos alimentos pode ser uma estratégia simples e eficaz para melhorar o controle glicêmico sem a necessidade de mudanças drásticas na dieta. Consumir proteínas e vegetais antes dos carboidratos pode ajudar a mitigar os picos de glicose após as refeições, o que é crucial para evitar complicações a longo prazo.