Diabetes gestacional: o que é e como prevenir?

Tratamento

No delicado universo da gestação, a saúde da mãe e do bebê depende de uma série de fatores, entre eles a glicemia materna. O diabetes gestacional surge nesse contexto, representando um desafio que afeta cerca de 15% das gestações ao redor do mundo, segundo a International Diabetes Federation.

Esse tipo específico de diabetes não é presente antes da gravidez, mas pode surgir durante esse período, exigindo monitoramento rigoroso e intervenções precisas para reduzir seus efeitos.

Durante a gravidez, mudanças hormonais naturais podem reduzir a eficácia da insulina, hormônio fundamental no controle da glicose. Quando o corpo não consegue compensar esse desequilíbrio, o nível de glicose no sangue aumenta, caracterizando o diabetes gestacional.

Mulheres com histórico familiar da doença, excesso de peso antes ou durante a gravidez, ou que já tiveram filhos com peso acima de 4 kg, estão entre as mais suscetíveis a essa condição.

Diabetes gestacional: como prevenir?

diabetes gestacional: como funciona

A Dra. Patricia Dualib, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Diabetes, destaca a importância do pré-natal para identificar precocemente o diabetes gestacional. A partir da 24ª semana de gestação, recomenda-se o teste oral de tolerância à glicose, que avalia a resposta do organismo à ingestão de glicose. Este procedimento, aliado a consultas regulares, permite iniciar o tratamento adequado caso o diabetes gestacional seja diagnosticado.

O tratamento geralmente inclui uma dieta equilibrada, fracionamento das refeições ao longo do dia, e, se necessário, exercícios físicos moderados, sempre sob orientação médica. Em casos onde essas medidas não controlam efetivamente a glicose, a administração de insulina pode ser indicada para garantir que os níveis permaneçam nos limites seguros para a mãe e o bebê.

Quais as complicações caso não tratado?

Não tratado, a doença em gestantes pode resultar em complicações sérias durante a gravidez, como parto prematuro e pré-eclâmpsia, além de afetar o desenvolvimento do bebê, que pode nascer com peso excessivo e enfrentar problemas como hipoglicemia e dificuldades respiratórias.