Adriana Fernandes, 50 anos, moradora de Piracicaba, São Paulo, sempre foi ativa. “Eu fazia caminhada regularmente, tinha uma vida saudável, sabe? Exercícios eram parte da minha rotina.” Porém, mesmo com esse estilo de vida, uma tarde comum se tornou um marco inesperado. “Eu estava caminhando, quando senti uma dor forte no peito. Naquele momento, eu estava sozinha.” A dor, ela descreve, era intensa e sufocante, mas ainda assim, Adriana decidiu voltar para casa sozinha. “Consegui dirigir até em casa, mas não contei nada para a minha família. Esperei até o dia seguinte para procurar um médico. Tinha medo do que poderia ser.”
Adriana já havia feito exames, inclusive um ecocardiograma três meses antes. Mas, o que ela não imaginava é que seu coração, silenciosamente, estava pedindo socorro. “No dia seguinte, a dor já estava insuportável. Fui direto para o hospital e lá constataram: era um infarto.” Foi imediatamente levada para a UTI, um choque para alguém que, até aquele momento, acreditava estar bem.
Esse episódio ocorreu quando Adriana tinha 49 anos. Até então, o diabetes tipo 2, diagnosticado 7 anos antes, já havia deixado suas marcas no corpo dela, mesmo que não fossem visíveis. “Eu sempre cuidei, mas achava que estava sob controle. Só depois do infarto percebi o quanto o diabetes já tinha afetado meu coração.”
Infelizmente, a experiência de Adriana com problemas de saúde relacionados ao diabetes não é isolada em sua família. “Minha mãe faleceu aos 74 anos, com falência renal por conta de uma infecção urinária que se tornou generalizada. Meu irmão, aos 53 anos, teve um infarto fulminante, também causado por diabetes descontrolado.”
O que mudou após o infarto
Após o infarto, Adriana passou a ver sua condição de outra forma. “Hoje, depois de 9 meses, cuido muito mais de mim. Mudou completamente a forma como encaro o diabetes. Antes eu pensava: ‘tá tudo bem, eu consigo lidar com isso’. Mas não era bem assim. O diabetes é uma doença silenciosa. Você olha pra pessoa e acha que está tudo bem, mas por dentro, seus órgãos podem estar sofrendo.”
Adriana é a prova viva de que o diabetes, embora crônico, pode ser controlado. “O que eu digo para as pessoas é: o diabetes não é o fim. Dá pra ter uma vida normal, saudável e feliz, mas você precisa cuidar. Manter os níveis sempre controlados. A saúde do coração, especialmente, não pode ser ignorada.”
Neste Dia Mundial do Coração, a história de Adriana serve de alerta. “Muitas vezes, os sinais do corpo são sutis, mas ignorar pode ser fatal. O cuidado com o coração e com o diabetes não é só para hoje, é para a vida toda.”
Vivo com muito medo sou diabética tipo 1 há muito anos,tenho 57 anos .
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