Enfim, o Carnaval chegou! Apesar de para os brasileiros o ano começar oficialmente só depois do Carnaval, para quem convive com o diabetes é importante lembrar que a doença não dá folga, mesmo durante o período de folia.
É importante redobrar os cuidados com a saúde, se atentar aos níveis de açúcar no sangue e manter um bom monitoramento durante os dias de festa. Vale lembrar que, devido aos longos períodos de exercício aeróbico sob o sol, eleva-se o gasto energético corporal, portanto é importante ficar em alerta.
Hipoglicemia
A hipoglicemia é uma das complicações mais frequentes em pessoas que convivem com o diabetes tipo 1, mas pode acontecer também com quem convive com diabetes tipo 2 e caracteriza-se pela queda da concentração de glicose para valores inferiores a 70mg/dL.
Os sintomas da hipoglicemia podem variar entre: tremor, suor, calafrios, confusão mental, tontura, taquicardia, fome, náusea, sonolência, visão embaçada, dor de cabeça, sensação de formigamento e em casos mais graves convulsões e inconsciência. Já em pacientes que convivem com a doença há mais tempo, podem não apresentar imediatamente. Por isso, é importante levar um glicosímetro e medir a glicemia com frequência ou um sensor de glicose para realizar essa monitoração de forma mais prática e contínua.
Cetoacidose
Já a cetoacidose é uma emergência médica, caracterizada pelo aumento dos níveis de açúcar no sangue em contraste com a falta de insulina para transformar essa substância em energia para o organismo. Ou seja, o organismo sofre um episódio de hiperglicemia, enquanto busca estoques de gordura para suprir a falta de energia e, consequentemente, desequilibra o pH do sangue.
A ocorrência da cetoacidose pode se apresentar através de sinais como: boca seca, aumento do volume de urina, aumento dos níveis de glicose no sangue, mal-estar, vômitos, dor abdominal e hálito com cheiro de acetona.
Caso essa emergência médica não seja prontamente identificada, pode levar ao coma e até a morte em casos mais graves. Então, ao menor sinal de cetoacidose, é recomendado que a pessoa seja encaminhada ao pronto-socorro.
Para evitar que ambos os episódios aconteçam é de extrema importância seguir algumas recomendações básicas:
Faça um acompanhamento médico regular e, caso utilize insulina, aplique as doses regularmente conforme a prescrição médica;
Realize um monitoramento glicêmico rigoroso durante a folia com a ajuda de um glicosímetro ou sensor de glicose;
Mantenha os hábitos alimentares saudáveis, ingerindo refeições que contenham fibras, proteínas e gorduras de boa qualidade;
Não atrase refeições e, de preferência, evite consumir comidas de rua com alto teor de açúcar e calorias;
Em casos de hipoglicemia pode-se corrigir com carboidrato rápido, como um suco, refrigerante com açúcar, balas, mel ou diretamente com o açúcar.
Outra dica é não ficar longos períodos sem comer e não pular refeições. De preferência, esteja sempre acompanhado de alguém que saiba como te ajudar neste caso.
Pessoas que convivem com diabetes, portanto, podem aproveitar o carnaval e festejar junto aos demais foliões, desde que se atentem aos sinais de do corpo como a hipoglicemia e a cetoacidose. Pois estes, são episódios graves e podem acarretar em riscos à saúde da pessoa que convive com diabetes e infelizmente, nos casos mais graves pode levar até à óbito.
Vamos, juntos, garantir um carnaval mais seguro e saudável para todos. Compartilhe esse conteúdo com seus amigos e familiares!
Para entender sobre os 3 níveis de hipoglicemia clique aqui.
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