Diabetes de A a Z: evento ampliou discussão sobre diabetes e acolheu quem vive com a doença

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 “Você está com diabetes”: o diagnóstico como o começo de uma nova vida!

O primeiro encontro presencial do Um Diabético.

“Calma, se você tem diabetes, você não está sozinho nessa. A gente só precisava se encontrar”, foi assim que o primeiro encontro presencial do Um Diabético começou. A acolhida às pessoas com realidades parecidas seguiu falando sobre um momento que todos ali já viveram: o diagnóstico. “Eu não sabia nada de diabetes. E foi desesperador quando eu recebi a notícia e achei que meus dias estavam contados. Eu achei que eu nunca realizaria meu sonho de trabalhar como apresentador, jornalista de TV. Eu não tinha informação, eu achava que era uma sentença de morte.”, confidenciou Tom ao falar para cerca de 100 pessoas que foram ao InterContinental, em São Paulo, além de mais das 2 mil pessoas através da transmissão pelo YouTube.

O sonho do Tom não só se realizou, como foi além. O jornalista pode apresentar jornais e fez parte de um dos programas mais populares da televisão brasileira por sete anos. O diabetes mudou os hábitos e estilo de vida do Tom, mas não o limitou a ponto de tirar as possibilidades e capacidades do jornalista. O “Diabetes de A a Z” partiu do tema “diagnóstico” porque é nessa fase que muitos pacientes acreditam que estão perdendo a vida, quando estão, na verdade, ganhando a oportunidade de tratar a doença corretamente e viver a melhor vida possível.

Tom acreditou que o diagnóstico de diabetes era uma sentença de morte.

ACEITAÇÃO x INFORMAÇÃO

O diabetes pode afetar a vida de muita gente, até mesmo de quem não tem a doença. O diagnóstico, na maioria das vezes, chega como uma surpresa mesmo, já que muita gente vai ao médico para fazer algum exame de rotina ou com sintomas que, por falta de conhecimento, a pessoa nem relaciona à doença crônica. No Brasil, cerca de 40% das pessoas com diabetes tipo 2 não sabem que tem a doença e tomam conhecimento da condição quando tem alguma complicação mais grave.

Por isso é tão importante falar, esclarecer dúvidas e ampliar a discussão sobre o diabetes. Há quem não goste de expor a doença, como a Maristhela Gomes, a primeira convidada do “Diabetes de A a Z”: “Eu tinha muita vergonha, no trabalho, dos amigos, família. E até preocupada se eu ia conseguir um namorado com essa situação”. A jornalista já sabia que era hipertensa há algum tempo, mas durante um exame de rotina foi encaminhada ao endócrino, de quem veio o diagnóstico de pré-diabetes.

Maristhela recebeu o diagnóstico de diabetes e viveu em negação por anos até aceitar e enfrentar a doença.

 Apesar da resistência à mudança de hábitos no início, logo a Maristela percebeu que não tinha outra saída. Passou a ir atrás de conhecimento sobre a doença, a preocupar com a alimentação, fazer exercícios, olhar com mais cuidado para a saúde. O resultado foi perda de peso, controle do diabetes, mais felicidade e até um namorado. “Melhorou tudo. A autoestima melhora quando você está cuidando da sua saúde. Eu vi que era possível. Não é fácil, eu realmente gosto de comer e não gosto muito de fazer exercício, mas eu me esforço e tento me dedicar ao máximo”, contou à plateia.

COMECE DO COMEÇO

A participação da Dra. Denise Franco no “Diabetes de A a Z” confirmou como muitas pessoas desconhecem as informações básicas sobre o diabetes. As consequências disso, segundo a endócrina, é um diagnóstico tardio e muitos diabéticos lidando com sintomas sem saber que têm a doença crônica.

No evento, que foi transmitido ao vivo também pelo Youtube e Intagram, a médica esclareceu os tipos de diabetes e os principais sintomas de cada um “O diabetes tipo 1 está relacionada a uma doença autoimune. É nosso corpo reconhece uma parte dele como se não fosse nossa e nosso sistema de defesa começa a atacar aquela célula que ele achou como diferente. No diabetes tipo 1, é a célula beta, que fica no pâncreas, produz insulina”, explicou. Ainda mais comum, a diabetes tipo 2, que afeta 90% dos diabéticos, também foi muito abordada no evento “O diabetes tipo 2 está mais relacionado a hábitos de vida, então se tenho um pai, mãe, avô e avó, eu tenho mais chances de ter. Se tenho o perfil acima do peso, sedentário, tenho essa herança, entre outros fatores, tem um maior risco”, esclareceu a Dra. Franco.

Muitos pacientes ficam sabendo que têm diabetes ao fazer exames de rotina, segundo a Dra. Denise Franco

TROCA DE EXPERIÊNCIA