Ser diagnosticado com diabetes não impacta apenas a saúde física; pode também afetar profundamente o estilo de vida e o bem-estar emocional. A gestão da doença exige ajustes na rotina, como mudanças na alimentação, monitoramento constante da glicose, administração de insulina, além de consultas médicas frequentes, que podem gerar ausências no trabalho. O custo do tratamento, tanto financeiro quanto emocional, é significativo.
O Diabetes Distress e Setembro Amarelo
O conceito de “diabetes distress“, explorado pela Diabetes and Mental Health, descreve uma condição semelhante ao estresse, depressão e ansiedade, resultante das demandas específicas do diabetes. Estima-se que entre 33% e 50% das pessoas com diabetes experimentem essa condição em algum momento da vida. Neste Setembro Amarelo, mês de conscientização sobre a saúde mental, é crucial abordar não só a saúde física, mas também o impacto emocional do diabetes.
Para entender mais sobre o assunto, conversamos com pessoas que enfrentam esses desafios e em entrevista o jornalista e idealizador do portal Tom Bueno, compartilha:
“Acho que quando falamos de diabetes, falamos de autocuidado. E sem uma saúde mental boa, não conseguimos nos cuidar adequadamente. Para mim, quando entendi que faço a minha parte, mas que não tenho controle total sobre uma doença crônica, comecei a encarar os desafios do diabetes com mais leveza. Cada monitorização traz uma nova expectativa e, por isso, estamos sempre, mesmo que inconscientemente, ansiosos pelo resultado. Se a glicose está alta, fico frustrado; se está dentro da meta, fico feliz; se baixa, muda toda a minha rotina e sinto que falhei em algum momento.
É essencial ter uma boa rede de apoio e fazer terapia para entender que, por mais que tentemos controlar, nunca teremos 100% de controle. Isso ficou claro para mim quando passei a investir em educação sobre diabetes, que alivia o estresse diário.
Quando sei que estou fazendo minha parte, posso lidar melhor com os resultados, mesmo quando fatores externos afetam o tratamento. Muitas vezes, esses fatores estão além do nosso controle. Se pudéssemos, nunca ficaríamos doentes, mas a realidade é outra. Ao compreender que não temos domínio completo sobre a nossa saúde, faço o possível para cuidar do meu bem-estar físico e mental. Mesmo assim, o gerenciamento diário—monitorar, escolher o que comer—pode ser pesado, dependendo do dia. Contudo, com educação em diabetes, podemos lidar com isso da melhor forma possível.” – Ressalta Tom
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