Um estudo recente revela que a demência precoce, que ocorre antes dos 65 anos, está associada a uma série de fatores de riscos, entre eles o diabetes. Anteriormente, acreditava-se que essa condição fosse predominantemente influenciada por fatores genéticos, mas a pesquisa sugere agora que a prevenção é possível desde que esses fatores sejam controlados por meio de mudança no estilo de vida, manejo correto de problemas crônico de saúde e até políticas públicas que possam mudar algumas realidades.
A análise, conduzida por cientistas das universidades de Maastricht e Exeter, acompanhou mais de 365 mil voluntários por mais de uma década, identificando 15 fatores que aumentam o risco de demência precoce. Dentre esses fatores, estão a baixa escolaridade, histórico de acidente vascular cerebral, e o diabetes, que se destaca como um dos principais riscos modificáveis.
O diabetes pode desencadear alterações metabólicas e vasculares que prejudicam as células cerebrais, mesmo na ausência de sintomas evidentes. A associação entre diabetes e demência precoce foi mais evidente entre os homens participantes do estudo, possivelmente devido a complicações microvasculares mais comuns nesse grupo por conta dos níveis elevados de glicose no sangue.