Como o cheiro da pessoa com diabetes pode ser um sinal de alerta?

Tratamento

Você sabia que cada pessoa possui um cheiro único? Pois é! De acordo com especialistas, é possível identificar, inclusive, problemas de saúde somente a partir dos odores liberados pelo organismo. Um odor excessivamente doce na urina ou mudanças no hálito, por exemplo, podem indicar a necessidade de um exame para diabetes. Por isso, fique atento ao cheiro que o seu corpo libera, pois ele pode trazer pistas do quão saudável você está no momento. 

Esse conhecimento de que o cheiro de uma pessoa está relacionado ao risco de desenvolvimento de certas doenças é antigo, com registros desse tipo de análise desde a Grécia Antiga. Naquela época, o olfato era bastante utilizado como forma de identificar complicações. Ao identificar mau hálito, por exemplo, era comum associá-lo com doenças do fígado, como a insuficiência hepática. Já para outros casos, os indicativos eram associados ao cheiro do corpo, como é o caso do diabetes.

Essa associação entre um tipo de cheiro e a possível manifestação de uma doença, estão diretamente relacionadas com os compostos orgânicos voláteis (VOCs), liberados constantemente pelo nosso corpo. Costumam ser emitidos pela pele, suor, respiração, urina e até pelas fezes.

Além de ser um sinal de alerta precoce, o odor emanado por pessoas com diabetes pode fornecer pistas valiosas sobre condições específicas, como a cetoacidose, e até mesmo sobre o uso de medicamentos para o controle da doença.

O odor liberado pelo corpo e a cetoacidose

A cetoacidose diabética é uma complicação séria, muitas vezes associada à diabetes não controlada, ocorrendo mais comumente em pessoas que convivem com o diabetes tipo 1. Trata-se de uma emergência médica, quando os níveis de açúcar no sangue do paciente estão muito altos.

Nesse estado, por causa da falta de insulina no organismo, o corpo queima gordura de maneira inadequada, levando à produção excessiva de cetonas. Estas, por sua vez, podem gerar um odor de acetona no hálito da pessoa afetada, pois desequilibram o pH do sangue e, caso não for tratado, pode levar ao coma e ser fatal.