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Inovação no diabetes: sensores de glicose também vão medir cetonas

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Nos últimos anos, o tratamento do diabetes evoluiu significativamente, trazendo avanços que estão melhorando a qualidade de vida de milhões de pessoas que vivem com a condição. “O foco agora é no indivíduo, oferecendo uma abordagem personalizada para cada pessoa, o que permite um controle mais preciso do diabetes”, afirma a endocrinologista Dra. Jellin Zambon, Gerente Médica Sênior da Divisão de Cuidados para Diabetes da Abbott no Brasil.

Hoje, o Brasil é o sexto país do mundo com maior incidência de diabetes, afetando mais de 15 milhões de brasileiros entre 20 e 79 anos. Esse número pode alcançar 23,2 milhões até 2045. Diante desse cenário alarmante, o desenvolvimento de novas tecnologias e tratamentos se tornou indispensável para melhorar o controle da doença.

Uma das inovações mais notáveis é o uso de sistemas de monitoramento contínuo da glicose (CGMs), como o FreeStyle Libre. “Durante anos, os pacientes precisavam realizar frequentes picadas no dedo para monitorar seus níveis de glicose. Agora, com o CGM, o monitoramento é feito em tempo real e sem dor”, explica Zambon. O sensor é aplicado ao corpo e mede os níveis de glicose minuto a minuto, permitindo que o paciente visualize se a glicose está subindo, descendo ou se mantendo estável. Essa tecnologia traz um “olhar do passado, presente e futuro da glicose”, o que facilita a tomada de decisões rápidas e assertivas.

Segundo Dra. Zambon, os estudos recentes apresentados na 17ª Conferência Internacional sobre Tecnologias Avançadas e Tratamentos para Diabetes (ATTD) demonstraram que pacientes com diabetes tipo 2 que combinaram o uso do sensor FreeStyle Libre com medicamentos agonistas do receptor de GLP-1 tiveram uma melhora significativa no controle da glicose. “Pacientes com HbA1c acima de 8% experimentaram uma redução de até 2,4% na hemoglobina glicada em seis meses, o que é um resultado impressionante”, ressalta.

Além do monitoramento da glicose, a Abbott está desenvolvendo um novo sistema que irá monitorar tanto os níveis de glicose quanto de cetonas, substância que pode se acumular no sangue em caso de deficiência de insulina, levando à cetoacidose diabética, uma condição potencialmente fatal. “Monitorar as cetonas é essencial para detectar sinais precoces de cetose e evitar complicações graves”, explica a especialista.

Esses avanços tecnológicos, aliados a um tratamento mais personalizado, estão revolucionando o cuidado com o diabetes. A tecnologia está ajudando a melhorar a adesão ao tratamento e a qualidade de vida dos pacientes, ao oferecer um controle mais eficaz e menos invasivo da doença. “Estamos moldando o futuro dos cuidados com diabetes, integrando tecnologia e inteligência para oferecer uma vida mais longa e saudável às pessoas que vivem com essa condição”, conclui Dra. Zambon.

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